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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 72 -- 01/01/2016 - 10:21 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 72

ÍNDICE
Capítulo(01) Capítulo(02) Capítulo(03) Capítulo(04) Capítulo(05) Capítulo(06) Capítulo(07) Capítulo(08) Capítulo(09) Capítulo(10) Capítulo(11) Capítulo(12) Capítulo(13) Capítulo(14) Capítulo(15) Capítulo(16) Capítulo(17) Capítulo(18) Capítulo(19) Capítulo(20) Capítulo(21) Capítulo(22) Capítulo(23) Capítulo(24) Capítulo(25) Capítulo(26) Capítulo(27) Capítulo(28) Capítulo(29) Capítulo(30) Capítulo(31) Capítulo(32) Capítulo(33) Capítulo(34) Capítulo(35) Capítulo(36) Capítulo(37) Capítulo(38) Capítulo(39) Capítulo(40) Capítulo(41) Capítulo(42) Capítulo(43) Capítulo(44) Capítulo(45) Capítulo(46) Capítulo(47) Capítulo(48) Capítulo(49) Capítulo(50) Capítulo(51) Capítulo(52) Capítulo(53) Capítulo(54) Capítulo(55) Capítulo(56) Capítulo(57) Capítulo(58) Capítulo(59) Capítulo(60) Capítulo(61) Capítulo(62) Capítulo(63) Capítulo(64) Capítulo(65) Capítulo(66) Capítulo(67) Capítulo(68) Capítulo(69) Capítulo(70) Capítulo(71)

Talvez o mais prudente fosse me deitar com ela ali na cabana e acabar com aquilo de vez, já que Luciana não me deixaria em paz até conseguir o que queria, mas temi que, por algum motivo, as meninas decidissem retornar. “Elas podem ter esquecido alguma coisa”, foi o que pensei. Assim, achei melhor não cumprir a minha promessa de imediato e ir pescar antes. Sabia que não teria dificuldades em pegar uns quatro peixes, gastando pouco tempo para isso.
Apanhei a lança e, saindo, falei:
-- Vamos então?
Não vi Luciana se deitar na cama. E quando virei para chamá-la ela não só estava deitada de costas como jazia com as pernas abertas, acariciando a vulva com uma das mãos.
-- Calma! Daqui a pouco a gente vai. Vem cá! -- chamou, contorcendo o corpo sensualmente, como se sentisse muito prazer naqueles gestos obscenos. -- Tô com muita vontade.
Confesso tê-la observado com certa curiosidade por alguns instantes mas sem muita afetação. Foi um ato natural como nos ocorre ao deparar com a visão de algo estranho. Aliás, ao vê-la se contorcer daquela forma, enquanto uma das mãos deslizava-lhe pelos seios e a outra, com um dedo enterrado na vulva, movendo para frente e para trás, em movimentos lentos, como se fosse meu falo ali, pensei: “Puta! É isso que ela é! Só pensa em fazer essas coisas. Em se deitar com um homem...”
Por pouco não virei e a deixei ali. Cheguei inclusive fazer um movimento de me virar, mas ela, muita atenta a mim embora não parecesse, foi mais rápida.
-- Não te excita, me ver fazendo isso?
-- Excita?! -- Fiz de desentendido, como se não soubesse acerca do que ela estava falando.
-- É! Ficar com esse troço aí duro? Com vontade de enfiar ele aqui? Assim? -- Nisso, Luciana introduziu em si o próprio dedo.
-- Não – respondi. Talvez eu até ficasse, mas naquele momento observava-a na mais completa indiferença. Embora meu comportamento não condissesse com o de um garoto que dava os primeiros passos no instável e turbulento mundo da puberdade, onde os impulsos sexuais afloram com toda a força e com os mais sutis estímulos, havia, de um lado, o fato de poucas horas antes eu ter transado com Ana Paula e, por outro, não sentir atração física por Luciana, capaz de me despertar desejos. Pelo contrário: ela, ao me transformar em seu escravo sexual, fez-me perder todo o desejo por ela. Se no lugar dela estivesse minha prima, Marcela ou qualquer outra jovem, ao primeiro olhar, meus impulsos ter-me-iam me levado ao excitamento.
-- Idiota! -- exclamou ela, levantando-se irritada. -- Qualquer outro teria ficado de pau duro.
Pensei que ela fosse me atirar àquela cama e depois saltar sobre mim. Por isso, antecipei-me:
-- Vamos pescar primeiro. Depois eu cumpro a minha promessa.
Vencida, frustrada e irritada, concordou.
-- Então anda! Vamos logo, seu idiota.
Embora Luciana tenha insistido em ficar ao meu lado enquanto eu aguardava o melhor momento para atirar a lança, convenci-a a se afastar com a alegação de que a presença dela assustaria os peixes e me faria levar um tempo bem maior para pescá-los. Já estava decido que eu tentaria pegar um para cada um de nós.
Como fizera dias atrás, recostou numa enorme pedra e de lá ficou insinuando-se. Por três ou quatro vezes tive de gritar-lhe para ficar calada e não fazer barulho.
Em dado momento, ela ficou irritada e disse que daria uma volta. Não lhe respondi. E quando olhei na direção dela logo depois, via-a se afastar.
Senti-me aliviado, pois assim poderia me concentrar melhor no que estava fazendo.
A concentração exigida para decidir o melhor momento de lançar o dardo para não errar, impedia-me na maioria das vezes de pensar no cumprimento da minha promessa, uma promessa que eu via com um sacrifício, uma penitência a ser paga. Por isso, quando finalmente fisguei o quarto peixe, não pude deixar de pensar enquanto me abaixava para pegar a lança: “agora vem a parte mais difícil: deitar com aquela puta. Até quando vô tê qui fazer isso? Se a gente pudesse sair logo daqui, isso acabava, mas acho que ainda vamos ficar muito tempo aqui. O que ainda vou tê que suportar? Ela fica me obrigando a fazer essas coisas. Num gosto de fazer com ela. Não é como fazer com minha prima. Com ela é tão bom. Queria fazer com a Marcela. Deve ser melhor ainda. Se a gente pudesse dar um jeito nessa puta. Prender ela nalgum lugar. Não tenho coragem de machucar ela. Isso não. É pecado. Deus castiga quando a gente machuca outra pessoa. Ana Paula disse que a gente vai tê que matar ela. Mas eu num vou deixar. Isso é imperdoável. Se a gente fizer, vai ser preso quando sair daqui. E depois de morrer vai pro inferno. E se ela tiver mesmo com um filho na barriga? O castigo vai ser inda maior. Não, matar ela não...”
Nisso, a voz dela chegou-me aos ouvidos.
– Olha só o que achei! Um pedaço de ferro – disse com entusiasmo, como se achara algo muito valioso.
Eu estava abaixado, apanhando o arpão com mais um peixe se debatendo na ponta. Era o quarto, cumprindo assim o meu objetivo de pegar um peixe para cada um de nós. Virei a cabeça para trás e realmente vi uma chapa de metal na mão dela. Não era grande, mas bem maior do que o que tínhamos encontrado até então.
Hoje, visualizando mentalmente aquela chapa de aço inoxidável, posso dizer que deveria medir cerva de um metro de comprimento por uns vinte centímetros de largura, principalmente se levarmos em conta os instrumentos que conseguimos fabricar com ela, instrumentos esses que, como o amigo leitor verá nos próximos capítulos, tornou mais fácil a nossa vida naquela ilha.
Apesar de ser uma das melhores notícias desde a nossa chegada àquela ilha, não me apressei em correr para Luciana. Espetei o peixe na vareta, onde jazia os demais, e só então me levantei.
-- Anda logo! -- disse ela, com seu jeito autoritário.
Apressei o passo e aproximei. Entreguei-lhe os peixes e peguei a lâmina para examinar. Estava muito suja e com alguns sinais de ferrugem. No mais, era um achado valioso. Quanto a isso não tive dúvida.
-- Onde você achou isso? -- perguntei, depois de algum tempo.
-- Lá do outro lado, enterrada no chão. Tava passando e de repente vi um brilho, por causa do sol. Só tinha uma pontinha desenterrada. Aí comecei a tirar a terra em volta e depois puxei. Aí saiu isso tudo aí.
-- Que sorte hein – deixei escapar.
-- E foi mesmo – concordou ela. -- Se os raios do sol não tivessem batendo nela, nunca seria encontrada. E dá pra gente fazer umas ferramentas com ela – acrescentou.
-- Dá sim – respondi, ainda admirando a peça.
Súbito, ela olhou para mim, colocou os peixes sobre uma das pedras.
-- Agora que você já fez seu trabalho, vem fazer seu papel de marido – disse ela, dando dois passos para trás, recostando à pedra e afastando as pernas, possivelmente esperando que eu fosse me aproximar, parar diante dela e possuí-la, embora eu não estivesse excitado.
-- Já disse que não sou seu marido! -- exclamei irritado. Nada me desagradava mais do que ser tratado e chamado de “marido” por ela.
-- Claro que é! E pai do meu filho também.
Decidi não contrariá-la. Sabia que isso só dificultaria as coisas. Preferi questioná-la acerca de transar como ela ali.
-- Aqui, no meio dessas pedras?
-- Por que não?
-- Porque... -- engasguei por um instante, sem saber o que dizer para ocultar a verdade: eu não queria transar com ela ali porque as meninas poderiam nos ver lá de cima. Sabia que no ponto mais alto da ilha se tinha uma visão completa de todo o entorno. Embora a distância talvez dificultasse uma perfeita visão do se faz, não se precisaria de muita coisa para deduzir o que se passava entre mim e Luciana, principalmente Ana Paula que sabia de tudo. Por isso, acrescentei: -- porque não quero fazer em pé. Quero fazer deitado lá na cabana.
Ela não protestou, apenas ordenou:
-- Então vamos logo.
Apanhei a lâmina de aço e os peixes e retornamos rapidamente a cabana. Ela seguia a minha frente, num estado de graça, dançado de um lado para o outro e cantarolando. Vez ou outra dava pulinhos de alegria. Eu, por outro lado, segui-a cabisbaixo, olhando vez ou outra com indiferença para as costas daquela jovem nua a minha frente, uma jovem que muito provavelmente levaria qualquer garoto da minha idade ao desespero; e como provavelmente me teria levado se eu não soubesse que tipo de monstro ela se transformara.
Não precisávamos ter pressa. As meninas não voltariam tão cedo. Quando entravam naquela mata, passavam horas; até porque a subida era íngreme, cheia de obstáculos e bastante irregular. E de mais a mais, com as ferramentas que dispúnhamos, elas levariam muito tempo para cortar alguns bambus. Ainda sim depositei a lâmina de pé ao lado da porta e apoiei os peixes num pedaço de tronco de árvore que usávamos como mesa. Quando virei, procurando por Luciana, ela já estava sentada na cama, preparando-se para se deitar.
-- Vem! -- chamou. -- Quero que você chupe os meus peitos e me beije bastante, antes de enfiar teu pinto em mim. Quero estar bem excitada, toda encharcadinha. Assim é mais gostoso.
Como eu sempre fazia, obedeci.
Por mais que eu não a desejasse, por mais que ela me fosse indiferente, aquelas carícias que eu tive de fazer, já que o tempo todo ela me ordenava para fazer isso, aquilo, assim desse jeito, de outro jeito, ora mais rápido, ora mais devagar, acabei ficando excitado. Aliás, meu exitamento começou quando, chupando-lhe um dos seios, ela me disse para levar-lhe a mão a vulva, enfiar o dedo e acariciá-la, pressionando o dedo no “negocinho duro”, um “negocinho” que só muito mais tarde vim saber que se chamava clitóris. Sentir aquela região toda úmida, ouvir-lhe os gemidos e perceber as reações no corpo dela, me fez pensar na minha prima e em como aqueles mesmos gestos também poderiam lhe causar prazer. Meu sangue começou circular mais rápido, o coração a aumentar os batimentos e meu falo a se mover sozinho, dando saltinhos para cima.
Algum tempo depois Luciana levou-lhe a mão e o sentiu teso. Abrindo os olhos, sorrindo para mim, disse:
-- Assim que eu gosto, meu maridinho; com todo esse tesão por mim. Vem cá, vem, meu hominho! Trepa na sua mulherzinha e me ama.
Sem condições de recuar, até porque meu excitamento me levara a desejá-la num desejo desesperador, obedeci, penetrando-a e fazendo amor com ela.
Embora minhas carícias tenham lhe apressado o gozo, ainda sim meu orgasmo ocorreu antes. Até porque não fazia a menor ideia de como retardar o gozo (aliás, nem que este podia ser retardado), recurso muito usado por homens mais experimentes para esperar a companheira, já que os homens tendem alcançá-lo mais rapidamente.


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