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cronicas-->Ponte para a sanidade - marcio menezes -- 28/04/2006 - 23:46 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PONTE PARA A SANIDADE
enviado por marcio menezes

"A faculdade mediúnica é indício de um estado patológico anormal?Algumas
vezes anormal, mas não patológico; há médiuns de uma saúde vigorosa; os que
são doentes, o são por outras causas."

(Livro dos Médiuns - 2ªParte - cap. XVIII, item 221-1)

Na Antiguidade, a cura das doenças era assunto dos sacerdotes e, portanto,
da religião.
Os médicos do clero tratavam os doentes por meio de rituais e cantos mágicos
em santuários enormes.
A enfermidade era considerada como a cólera de Deus, e os religiosos
atuavam como intermediários ou "pontes" entre a Divindade e os homens.
Operavam como "pontífices", ou seja, "construtores de pontes" (do latim
"pontifex", palavra para designar sacerdote).
Há muito tempo a tradição católica presta homenagem ao Papa, conferindo-lhe
o título de Sumo Pontífice.
No passado, as enfermidades eram vinculadas à culpa, isto é, aos pecados.
O arrependimento dos erros estava intimamente ligado à cura do doente; a
penitência reconciliava a criatura novamente com Deus.
Como os médiuns, na atualidade, são denominados "intermediários" ou
"pontes" entre o mundo físico e o espiritual, e a mediunidade é vista,
muitas vezes e de forma confusa, como "dádiva sagrada" ou "corretivo
divino", isso pode levar as criaturas a tirar conclusões equivocadas.
Todos nós somos herdeiros de inúmeras experiências do pretérito.
Encontram-se impressos em nossos painéis do inconsciente profundo idéias e
conceitos incorretos, remanescentes do passado distante, depositados desde
tempos imemoriais em nosso arcabouço psicológico.
É preciso renovarmos essas concepções inadequadas sobre a Espiritualidade,
para melhor entendermos os mecanismos da Vida Providencial.
Em muitas circunstàncias, interpretamos novos conhecimentos sem dissociar
nossos velhos conceitos.
A capacidade mediúnica é considerada uma percepção inerente à estrutura
psíquica das criaturas; por isso é que a encontramos nos mais diferentes
níveis de consciência da humanidade.
Ela não é moral, mas sim amoral.
É simplesmente uma das funções psicofisiológicas do ser humano.
Em virtude disso, podemos enquadrá-la como um dos sentidos de que a alma se
utiliza a fim de manifestar-se e desenvolver-se, gradativamente, para a
plenitude da vida.
A faculdade medianímica não gera doenças.
Ela não pode ser responsabilizada pelo estado patológico das criaturas; é,
antes de tudo, uma excelente ferramenta para ajudá-las a despertar
espiritualmente e a compreender a si mesmas, os outros seres e o Universo.
Quando exercitada, porém, de modo impróprio pode trazer riscos às pessoas
psicologicamente frágeis ou vulneráveis.
O fenómeno psíquico em si não produz a insanidade.
No entanto, toda e qualquer faculdade, quando exercida de forma exaustiva
e prolongada, pode conduzir à fadiga ou à enfermidade.
Uma pessoa tem em alto grau o dom de cantar e o utiliza, ou para glorificar
as belezas da Terra, ou para exaltar canções obscenas.
Mas, neste caso, sua voz não pode ser julgada imoral.
Os olhos, além de transmitir nossos sentimentos e intenções, também colhem
as impressões e a disposição dos outros. Eles tanto expressam emoções puras
e sadias, que nascem do coração, como também inveja e revolta, que exalam
um brilho estranho de hipocrisia.
Contudo, a visão não pode ser acusada de agente de falsidade ou
desequilíbrio.
As mãos, quando empregadas na canalização da energia nuclear, podem
iluminar e aquecer os lares; assim como podem explodi-los, se utilizadas
indevidamente.
O sexo, é um dos departamentos mais sublimes da natureza humana. Cria,
através das emoções sexuais, as energias necessárias para a manutenção dos
afetos e a materialização das formas.
Há, porém, quem o utilize para a satisfação das sensações mais grosseiras e
torpes.
Isso, contudo, não lhe tira o mérito sublime para o qual foi criado.
É sempre a criatura que, servindo-se de seus sentidos, dá à sua existência
um destino construtivo ou destrutivo. Nós é quem decidimos que fim vamos dar
aos nossos recursos e possibilidades.
Todavia, não podemos nos esquecer de que somos livres para escolher nossos
atos e atitudes, mas prisioneiros de suas consequências.
Precisamos aprender a usar a mediunidade, assim como usamos normalmente as
nossas capacidades humanas - a percepção, a atenção, o bom senso, a memória,
o critério lógico, a linguagem, enfim, todas as atividades do nosso reino
interior.
Por sua vez, não é recomendável utilizar as faculdades psíquicas para
explorar "outros mundos", até que tenhamos o pleno controle do mundo em que
estamos vivendo aqui e agora.
Desenvolver nosso "sexto sentido" não é um meio de resolver problemas
comportamentais cuja solução está ao nosso alcance; de buscar auxílios
imediatistas, de tirar proveitos pessoais, de conseguir respostas
paliativas para problemas reais. Quando começamos a vivenciar experiências
extra-sensoriais, é a hora urgente de intensificarmos a análise distintiva
da realidade e da ilusão.
Em muitas ocasiões, habilidades transcendentais quando mal elaboradas podem
nos levar a ser "servos apaixonados", mas "discípulos distraídos".
A compreensão da faculdade mediúnica torna-se confusa e difícil para nós na
medida em que também vemos os traços característicos de certas doenças
mentais. Pois os sinais precursores da mediunidade podem eclodir e ser
confundidos com os sintomas das deficiências fisiopsíquicas.
Em razão disso, nem sempre se pode compreender com facilidade, ou ver com
clareza, a distinção entre as manifestações mediúnicas, em seu inicio, e
os estados doentios.
Mediunidade é um produto do processo de desenvolvimento da natureza humana.
Médiuns não são "agraciados", nem "enfermos". São uma verdadeira "ponte
para a sanidade".
Podem, sim, se tornar verdadeiros pontífices ("construtores de pontes") em
busca da saúde integral - estado de consciência em harmonia plena com as
leis naturais do Universo.
Religando a si mesmos com a Fonte Divina, eles são capazes de preparar
caminhos para que se estabeleça a cura real para a humanidade.
Diante dessas nossas considerações, finalizamos com a resposta dos
Espíritos Superiores quando afirmam a Allan Kardec que o fenómeno mediúnico
pode ser considerado "algumas vezes anormal, mas não patológico; há médiuns
de uma saúde vigorosa; os que são doentes, o são por outras causas".
(De "A imensidão dos sentidos", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo
Espírito de Hammed)
<*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:
http://br.groups.yahoo.com/group/Momentos_Enriquecedores/
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