O SONETO E A LINGUAGEM POÉTICA.
Movido simplesmente pelo desejo de ajudar, escreví outro dia um artigo sobre o “soneto”, tentando transmitir em breve relato alguns pontos que me pareceram relevantes sobre o tema. Assim, é que procurei, além da parte histórica, fixar o que se entende por soneto, seu conceito, sua definição. Para isso lancei mão do verbete sobre o assunto inserido na Enciclopédia Britânica (Barsa), que é bastante esclarecedor e nunca é demais repetir, notadamente este trecho:
“Soneto é uma composição poética de 14 versos, em geral rimados e dispostos em quatro estrofes, duas de quatro e duas de três versos. Admite número restrito de variações quanto à forma e segue normas rigorosas quanto ao conteúdo e desenvolvimento do tema. A rigidez de seus traços possibilitou que atingisse o fim do século XX intacto, tal como o praticavam aqueles que o fixaram: Dante, Petrarca, Shakespeare, Camões e outros clássicos”.
Mas, muitos hão de perguntar, por que motivo voltei ao tema. Na verdade, o soneto é um tipo de poesia que, como vimos acima, segue padrões rígidos, admitindo
poucas variações quanto à forma.Ocorre que muitos poetas ignorando tais regras - talvez por desconhecê-las - teimam em apelidar de “soneto” a outras composições poéticas que fogem às normas aceitas para tal e que podem ser tudo, menos soneto.
Igualmente, tenho observado pela leitura das muitas poesias que são aqui diariamente publicadas, que falta a alguns dos autores, o conhecimento da “linguagem poética”, que é bem diferente da chamada “prosa”, o que redunda em “poemas” bastante equivocados.
Alguns dos que possam por ventura ler estas breves considerações, não se enganem, nem tenham em mente que o meu objetivo possa ser outro, senão o de tentar contribuir, transmitindo, mormente aos mais jovens, alguma coisa do pouco que me foi dado conhecer em termos de versificação, linguagem poética, etc., que obedece a regras bem definidas e das quais não se pode fugir.
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