Esvoaçante em transparência,
corria em meias de renda,
moçoila pura evidência,
dava-se como uma prenda!
Eu, observa-a no seu correr...
derretido pelo seu saltitar,
húmido de tanto sorver
aquela imagem de encantar!
Sentado no meu cadeirão,
frente ao mar teimoso,
via aquela pena do desejo
que desentorpecia o meu bastão
e me deixava em ânsias de pelejo!
Moçoila transparente lume,
ao molhares-te na maresia,
acendes o meu triste ciúme,
vulcanizas a minha mania...
levo a mão ao mastro cansado,
aceno à linda folestria,
já perfeito lubrificado!
Não sabes, moçoila, deste pecado!
Elvira:)
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