.....o outono chegara, a suavidade dourada pelas folhas das castanheiras,dava um ar preguiçoso à s areias brilhantes.O mar estava lá em seu vai e vem constante,
daquela cor, cujo verde invadira o azul.Seria azul-esverdeado ou verde azulado?Difícil definir uma cor
tão bela e insinuante.Havia um debrum de um azul mais
claro no horizonte....tempo de chuvas, falavam os pescadores, preocupados com suas casas, tão perto
das montanhas, a beira-mar.Atentos à invasão das águas,
com os deslizamentos de terra.Heróicos homens,reféns
dos climas, das intempéries.Sempre junto à natureza,
vivendo dela, quase uma simbiose, dependendo de suas
instabilidades.No fim do dia, sentado em uma canoa,mestre Pedro, o decano dos homens do mar,dedilha uma canção...." - A moça olha pro mar,
e o mar se encanta dela/ eu apaixonado fisguei meu olho
nela/ o mar todo dia, quase acaba comigo/ mas, só quero estar consigo/ minha galega,minha loura formosa/ flor delicada e cheirosa/ vou pro mar, vou pro mar/ mas, tó preso no teu olhar (estrib.)" Penso...quem está fisgada e presa para
sempre sou eu, aos encantos do mar, as prosas de pescadores, suas histórias, lendas, suas receitas...Ã culinária capixaba, ao doce sabor do coentro,seu aroma
penetrando na alma, a esta maneira suave de viver, tudo levinho, sem pressa , sem opressão. Eu vou ficando, sem
vontade de sair.Se saio....quero voltar rapidinho.Quero ir embora...não.Já sou, já estou, sou o Marlin Azul que se aventura em passeios,mas volta sempre e quer ficar, aqui
na Costa, próximo aos rochedos e brincar com a espuma do mar, se divertir com as ondas e ir vivendo assim levinho, vinho, vinho..Vou pro mar, vou pro mar, mas tó preso no teu olhar......
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