NO ÁLBUM DA COMPAIXÃO
enviado por maugusto
Observa: toda a Natureza, por livro de Deus, em qualquer parte,
parece um càntico de louvor ao auxílio.
Ignoro se já pensaste nas primeiras árvores da Terra,
inclinando-se para as aves fatigadas, a fim de que aprendessem a
entretecer
os próprios ninhos, nos braços fortes que lhes estendiam.
Nem sei se já meditaste na piedade das flores primitivas do
mundo para com as abelhas cansadas e famintas, convidando-as pelo
próprio
perfume, a lhes retirarem as pequeninas sobras de alimento nas
corolas
acolhedoras, a fim de que não tombassem na exaustão, quando Ã
procura de
recursos que lhes facultassem o fabrico do mel.
Até hoje as árvores não se queixam dos pássaros que lhes deixam
os ramos menos limpos e as flores não protestam contra as abelhas
quando
lhes aparecem, através de sucessivos enxames, a lhes dilapidarem as
pétalas
nutrientes.
Árvores e abelhas sabem, instintivamente, que a Divina
Providência não lhes faltará com a chuva a lavar-lhes todas as
folhas e com
o acréscimo de seiva, destinadas a reajustar-lhes o sustento.
Não será semelhante lição dos agentes simples da natureza
determinada mensagem da vida, concitando-nos à prática da bondade,
de uns
para com os outros?
Onde estiveres, compadece-te de teus irmãos.
Esse precisa apoiar-se em teus ombros para a caminhada difícil,
aquele te aguarda o concurso fraterno, de modo a manter-se de pé, na
marcha
dos dias.
Abençoa e socorre sempre.
Em muitas ocasiões, penso que o ensinamento do Cristo, acerca do
perdão, se revestiu de outras derivações no campo das atitudes.
Algum dos companheiros haverá perguntado ao Senhor:
- Mestre, quantas vezes, devo auxiliar meus irmãos?
E, decerto, Jesus terá respondido:
- Não te digo que auxilies uma vez, mas setenta vezes sete vezes.
(De "Sentinelas da Alma", de Francisco Càndido Xavier, pelo Espírito
Meimei)
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