Milagres singelos e cotidiano
Ando a procura de milagres singelos,
Não os quero ou peço grandiosos.
Desejo ver sorrisos de uma criança
face um brinquedo, ainda que tosco.
O milagre da vida, de uma sementinha
Seca, tocada pela água, súbito renascer.
Flores multicolores, confundirem-se
Com borboletas, flores da terra libertas?
Milagres experimento diuturnamente
Ao vivenciar um simples por-do-sol.
O canto dos pássaros, a beleza da relva,
O infinito azul do céu, e o negror da noite.
Milagre para mim é a simples alternância
Das estações do ano, ou do dia e da noite.
O amor da amada, o abraço do amigo,
E o lar para regressar no final da labuta.
Agradeço a Deus, a natureza, a vida
E não me canso nunca de agradecer
Pelos milagres que temperam e colorem
O cotidiano, basta da alma abrir os olhos
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