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Artigos-->O Senhor dos Anéis: As Duas Torres -- 28/12/2002 - 15:02 (Renato Rosatti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Encerrando magistralmente o ano de 2002 na área do cinema fantástico, entrou em cartaz nas salas de projeção pelo Brasil em 27 de dezembro a aguardada sequência do épico de fantasia com elementos de horror “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” (The Lord of the Rings: The Two Towers), transposição paras as telas da famosa obra literária da década de 1950 do consagrado escritor J. R. R. Tolkien. É curioso citar como o subtítulo “As Duas Torres” tem uma macabra coincidência com as torres gêmeas do “World Trade Center” de New York, que caíram vítimas do terrorismo naquele fatídico dia 11/09/01, matando milhares de pessoas.

Os filmes de fantasia apareceram com grande força nos últimos anos destacando duas franquias em especial, de muito sucesso entre o público, “Harry Potter” (mais voltada para o público infanto juvenil, trazendo a saga do bruxo adolescente homônimo e suas aventuras pelo mundo fictício de “Hogwarts”, com dois filmes até o momento, “A Pedra Filosofal” e “A Câmara Secreta”, inspirados nos livros de J. K. Rowling, e aguardando o próximo episódio, “O Prisioneiro de Azkaban”), e “O Senhor dos Anéis” (mais direcionada para um público adulto, contando a perigosa saga do hobbit Frodo Baggins em suas aventuras pelo universo mitológico de “Terra-Média”, com o primeiro filme exibido em 2001, “A Sociedade do Anel”, e o próximo a ser lançado em 2003, “O Retorno do Rei”).

Novamente com direção de Peter Jackson (do horror splatter “Fome Animal” de 1992), esse filme intermediário da trilogia “O Senhor dos Anéis” é igualmente grandioso, com seus eventos iniciando logo após os acontecimentos narrados no primeiro filme. O mago Gandalf (Ian McKellen) está enfrentando o terrível monstro “Balrog” quando ambos caem num abismo de sombras e ficamos sabendo o destino desse mortal confronto, vindo a seguir uma tomada aérea das lindas paisagens da Nova Zelândia, numa região montanhosa gelada por onde caminham os hobbits Frodo (Elijah Wood), que tem a árdua missão de carregar o poderoso “Um-Anel”, e seu amigo Samwise (Sean Astin), numa jornada rumo aos “Portões Negros de Mordor” para destruir o anel na “Montanha da Perdição”. Eles encontram pelo caminho e aprisionam a estranha e traiçoeira criatura Gollum/Sméagol (personagem digital com voz e movimentos do ator Andy Serkis), que foi um antigo dono do anel e que passa agora a guiá-los em seu objetivo rumo à Mordor.

Curiosamente, Gollum/Sméagol são dois personagens interiores da mesma criatura que constantemente estão em conflito lembrando com eficiência a clássica história “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekill and Mr. Hyde) de Robert Louis Stevenson, onde um cientista cria uma fórmula que uma vez ingerida desperta uma dupla personalidade variando entre o bem e o mal (algo similar ocorreu também em “Homem-Aranha”, com o vilão “Duende Verde” alternando sua personalidade com o cientista Norman Osborn).

Paralelamente ocorrem outras narrativas simultâneas como a jornada de três integrantes da “Sociedade do Anel”, o humano Aragorn (Viggo Mortensen), herdeiro do trono de “Gondor”, o arqueiro elfo Legolas (Orlando Bloom) e o anão Gimli (John Rhys-Davies), que partem atrás de um grupo de “orcs” que sequestraram os hobbits Pippin (Billy Boyd) e Merry (Dominic Monaghan). Como os orcs foram mortos num confronto com um grupo de humanos exilados do “Reino de Rohan”, os hobbits fugiram para a floresta “Fangorn” e encontraram um poderoso, antigo e sábio “ent” chamado “Barbárvore”, criatura similar a uma enorme árvore que anda e fala e que é convencida a conclamar seus companheiros para participarem de uma batalha em “Isengard”, na guerra contra o Mal absoluto representado pelo mago traidor “Saruman” (Christopher Lee, o eterno “Conde Drácula” da “Hammer” inglesa), aliado da entidade maléfica “Sauron”, os quais pretendem dominar a “Terra-Média”, pois Saruman está criando seu exército de orcs em sua fortaleza na torre de Isengard.

Enquanto isso, uma vez não encontrando os hobbits Pippin e Merry, os três guerreiros Aragorn, Legolas e Gimli (o anão que rouba para si as cenas cômicas com várias piadas envolvendo sua baixa estatura) se unem ao Rei de Rohan, Théoden (Karl Urban) e seus súditos e partem para a fortaleza do “Abismo de Helm”, procurando um abrigo mais seguro, preparando-se para uma terrível guerra contra dezenas de milhares de orcs enviados por Saruman.

Dois interessantes novos personagens aparecem agora neste segundo filme: o sinistro vilão “Grima Língua-de-Cobra” (Brad Dourif, mais conhecido por emprestar sua voz para o famoso boneco “Chucky”, o brinquedo assassino do cinema, numa franquia de quatro filmes), traiçoeiro e aliado de Saruman, que enfeitiçou o Rei de Rohan, e a bela e jovem Éowyn (Miranda Otto), sobrinha de Théoden, que se apaixona por Aragorn.

“O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” é mais um filme grandioso, com uma história sombria e sangrenta, com muitos elementos de violência e horror, apresentando uma infinidade de criaturas e monstros, numa overdose de informações de um complexo mundo de fantasia. Os cenários são fantásticos, destacando os macabros “Pântanos Mortos”, o “Castelo de Rohan”, a “fábrica de orcs de Isengard”, e principalmente a imensa fortaleza localizada no “Abismo de Helm”.

Aliás, certamente os maiores destaques do filme são as fascinantes cenas de batalha com o exército de Saruman, formado por cerca de dez mil orcs ferozes, que tentavam tomar o forte no Abismo de Helm, que estava sob o poder de um número bem menor de humanos aliados a um grupo de elfos, que abandonaram seu lar em “Valfenda”. Com uma bela fotografia sombria (pois a guerra era travada numa noite chuvosa), em meio a uma incontável quantidade de mortos para todos os lados, uma imensidão de flechas voando pelos ares, escadas cheias de orcs tentando invadir as estruturas de pedra da fortaleza (lembrando em menor escala aqueles tradicionais filmes de western, com os índios tentando invadir o forte dos soldados americanos), e confrontos violentos corpo a corpo na base da lâmina das espadas, mostrando toda a irracionalidade de um campo de guerra.

Provavelmente, a batalha no Abismo de Helm seja a mais definitiva sequência de guerra já filmada pelo cinema (tendo a favor todos os seus efeitos digitais), juntamente com os minutos iniciais de “O Resgate do Soldado Ryan” (1998), que mostra a invasão dos aliados na costa da Normandia na Segunda Guerra Mundial, decisiva para os rumos daquela guerra insana. É claro que os dois exemplos tem diferenças básicas entre si; um simula uma história de fantasia com personagens fictícios e armas primitivas, o outro reproduz um fato real e sangrento da história da humanidade, com destruidoras armas de fogo matando homens; mas como exclusivamente cinema de guerra, ambos caracterizam o que mais próximo seria um campo de batalha.

“O Senhor dos Anéis: As Duas Torres”, é mais um excelente filme assim como o primeiro da trilogia, e em suas quase três horas de projeção nos transporta para um incrível e perigoso mundo de fantasia povoado por todo tipo de criaturas, instigando nosso imaginário numa clássica história do Bem contra o Mal. São agradáveis momentos de entretenimento criando um ansioso sentimento de espera pela conclusão da saga com o próximo episódio “O Retorno do Rei”.
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