A reforma previdenciária enviada por Lula não adotou o modelo chileno, no qual foram respeitadas as expectativas de direito e se implantou a barbárie apenas para os novos segurados. Essa era a opção do governo passado e levaria o Brasil ao caos em cerca de três décadas, como está na iminência de acontecer no Chile (lembre-se que a reforma de Pinochet começa a fazer água justamente na proximidade de seus trinta anos).
A reforma petista segue o rumo da adotada pela Argentina. Lá, foram colhidos os coitados em vias de adquirir direitos, os infelizes que estavam a meio caminho e os desgraçados que ainda nem haviam entrado no sistema. Ninguém foi poupado e o tesouro argentino foi pilhado por abutres ensandecidos.
Como todos sabem, nossos queridos vizinhos não esperaram que a reforma adquirisse cores balzaquianas para entrarem pelo cano. Poucos meses depois, o lixo era disputada na rua por desesperados ex-membros da classe média argentina.
Como se diz de vez em quando - e aqui se tome literalmente -, Deus, o bom Deus nos acuda.