Um dia a rosa encontrou a couve-flor e disse para ela, cheia de arrogância:
- Que petulância a sua, eu não entendo como você pode ser chamada de flor! Veja a sua pele áspera e rugosa como é horrível. Compare com a minha que é lisa e sedosa, como tem de ser a de uma verdadeira flor. E esse seu cheiro desagradável perto do meu perfume sensual e envolvente. Seu corpo é grosseiro e o meu delgado e elegante... Eu, sim, sou uma flor! Você, sei lá que nome te dar.
E a couve-flor respondeu cheia de desprezo e sem perder a postura:
- É querida... Você pode até ser tudo isso, mas ninguém te come.
CARLOS CUNHA
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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