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Poesias-->MEU POEMA -- 24/08/2010 - 11:08 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Descrevo o mito insondável
Que me afaga desconhecido;
Mas venero um Deus amável
No meu poema inibido.
Poetar me livra de morrer
Antes da hora prevista,
Pois o espírito pode ver
Muito além de uma vista...
O poema está em mim
Como o dólar no banqueiro,
Pois a Economia é um fim
De acumular dinheiro.
No poema eu me suicido
Em toda manhã defunta:
Se no livro não sou lido;
Do chão a poesia se ajunta...
Meu poema é o meu amor
Fundido no abstrato do Ser,
Mesmo que eu seja a dor
No hábito tolo de morrer.
A poesia é triste lamparina
Iluminando o meu pesar:
Se sofrer é minha sina,
Eu não vou mais me errar...
Abatido no verso encanto,
O sorriso de uma menina:
Quem escutou o meu canto
Debaixo da chuva fina?
É tarde e estou cansado
Em no pranto me poetar:
Porque me disse amado
O Homem sem se amar?
(por Fernando Pellisoli)
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