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Poesias-->SOU ANORMAL -- 24/08/2010 - 10:16 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Nesta anomalia da ventura,
Sou impura instância
Que já não se atura:
Desvaneceu-se a infância!
O reflexo do pensamento
Cria de um lado o poema;
E do outro me lamento
No diabólico dilema.
Ultrapasso o ser normal
Na dinâmica do ego,
Que provoca todo mal
No pensar do teu superego...
Sou ingente transtorno
Desafiando a Física;
E o sentimento morno
Já é da Metafísica.
Não sou poeta risonho
Com esta boca sem dente,
Pois já me desfiz do sonho
De sorrir tão-somente...
Minha história é curta
Nas andanças iludidas:
Besta imagem que surta
Na rua das esquecidas!
O mal é não esquecer
Da sinistra manhã defunta,
Onde eu me vou morrer
Com esta dor na junta.
Meu espírito reflete
A esperança de um futuro,
Onde esta dor me remete
Ao encontro do impuro...
(por Fernando Pellisoli)
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