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Poesias-->INFLUXO CELESTIAL -- 23/08/2010 - 22:20 (FERNANDO PELLISOLI) |
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O meu poema
Transgride as normas tradicionais
Dos versos rimados e metrificados,
Porque, literalmente, são versos livres e brancos
De uma nudez irreparável.
Sou a abundância dos dezessete céus
Ladeado de anjos puros impressionáveis...
Aliás, mais impressionante que os anjos
Só Deus e a Eternidade
[que não têm início, nem fim...
A suavidade das liras
Anuncia a minha chegada momentânea,
Pois ainda estou encarnado nesta carne fétida
Que me distorce nos meus sentidos,
Nas minhas conclusões precipitadas
De ser eu mesmo sendo outro...
Sou uma chuva acirrada
Que acaba de varrer a poeira do planeta
De almas surdamente abaladas
[no ópio da religiosidade...
II
Quando eu durmo,
Eu saio consciente do meu trágico corpo material
E confabulo com os espíritos
Sobre a regeneração do planeta Terra,
E sobre a nova era espiritual...
Sou uma alma penada
Vagando dentro do meu invólucro material,
Contando os dias da minha libertação
Neste tão esperado regresso
[ao mundo espiritual...
III
Só este amor louco
Pela minha musa inspiradora
Me mantém vivo nesta vaga permanência
Que um sopro do criador, literalmente, interrompe...
Sou uma folha seca soprada pelo vento
Descendo a ladeira da crucificação
Na lamúria das vozes do além...
Descrevo a minha verdade
No teor incondicional da minha imaginação
[no que sou não sendo...
(por Rafael Gafforelli)
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