85 usuários online |
| |
|
Poesias-->SONHO ALHEIO -- 19/08/2010 - 19:42 (FERNANDO PELLISOLI) |
|
|
| |
Desnudei as revoluções
No amor lucífero do meu sonho
E me destronei no desvio da tua corte real
Costurei os meus pedaços
No meu espelho quebrado de nuvens
E o meu corpo cinzento esmoreceu no teu mar
Desencanto de volúpias
- enfrentei-me na muralha do ódio
E o teu sonho despudorado cuspiu a minha face
Máscaras de algozes
Na eternidade do meu choro incivil
E o teu sonho alheio encobriu o meu acesso ilógico
Inventei os diálogos
No berçário da ilusão cadavérica
E assombrei a infelicidade em crível desilusão
Derrubei os elefantes
Empurrando a inglória indecente
E o meu sonho desarticulado encerra vozes!
Dignifiquei as lésbicas
Num sonho alheio à reprodução
E o efeito frenético do nu promove a cruz!
Enquadrei os aracnídeos
Na imagem desnutrida do sonho
E desvelo o meu desfrute no teu amor anormal
Sonhando serafins
(literalmente por medo de te perder)
E desafiei o sonho desfeito no teu olhar de cactos
Lamentos do orvalho
No teu sonho alheio às deformidades,
Na articulação funesta de vírgulas imprecisas
Do meu amor de endeusamento
(por Fernando Gomes)
|
|