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Poesias-->TRANSTORNO -- 18/08/2010 - 13:28 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Separei o sonho dela:
Cinderela amor perpétuo!
Ó este transtorno
- torpor da ilusão dos tempos:
Indócil nas mãos do fado eu desencantei
Esta aba celestial
E o luto do teu véu transtornou-me
Sofri os meus dissabores
Sem ver flores ou ouvir bem-te-vis
Anunciando a mutilação opaca dos deuses...
Dividi a minha guarida
E não curei a ferida do meu inseto
Este transtorno reumático
Desenhado neste corpo incinerado
Matou a liberdade de o meu âmago revoar
Separamos os corpos:
Minha alma navega na tua lua...
(por Fernando Gomes)
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