Sinestesia diabólica...
no meu sono, doce letargia:
toda ela sinfonia,
toda ela harmónica!
Confundi o seu perfume
com luxúrias de algodão,
subi até ao cume
acendalha da tesão!
Em bebedeiras de laranja,
desnudei o seu corpinho,
estatelada em pujança
abriu-me o caminho...
Penetrei-a ao luar
uma e outra vez,
Pus-me nela a gozar
Nunca outra em mim fez:
animal aterrado,
tamanho pecado
a doer, a gritar,
pedindo mais e mais...
seiva a jorrar
múltipla climaxada,
de cada minha penetrada,
enchia a boca de suspiros:
engolia a minha martelada
rejubilada de prazer...
Ó musa do diabo,
só podes estar embriagada!
Ébria do roçado
pôes-me extenuado,
pára de tanto querer
este meu falo quebrado,
pára de o lamber,
deixa-me dormir um bocado!
Elvira:)
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