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Poesias-->POEMA MORTO -- 17/08/2010 - 11:21 (FERNANDO PELLISOLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O poema nasce morto;

Mas a deselegância instantânea do letal

Pode perpassar o anonimato

Do poeta desolado



O poema morto

É a hiperatividade introspectiva da ociosidade;

Mas a minha mediocridade poética

Desnorteia o catolicismo...

Os meus versos azedíssimos

Não podem levitar o teu inefável fel,

E a tramóia transcendental

Desvanece o luar...



Sentir esta força

(que transpassa os anciões endeusados das masmorras)

É deslizar nas marés abismadas

Da manhã defunta...



Chocalhar este feto

(nas andanças lucíferas dos réus)

É debruçar-se no relento das madrugadas ímpias

Neste meu tempo pervertido?

Como dignificar a minha persistência

Nesta circunstância mórbida?

O poema morto expele a depressão

No apogeu do ópio...



II



Como andar na linha

Se a minha desilusão desfere prevalecida

A violência do amor ofendido?

E o poema está morto...



A solidão não me assusta;

Mas destrói a magia dos significantes existenciais,

Pois as desistências dúbias desastrosas

São translúcidas de paixões.

A possessividade do desânimo

Pode devorar a carne nua e sangrenta;

Mas o desatino desintegrado

Irriga o meu pensar...



Os meus versos

Renunciam o poder do estrelato da arrogância;

Mas exalam os mistérios angulosos

Do poema que nasceu morto...



(por Fabiano Montouro)













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