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Artigos-->Mudam-se os mitos, mas a festa continua -- 23/12/2002 - 10:22 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ai de quem pensa que o riso é inimigo do siso. Mesmo um revolucionário disposto a pegar em armas e dar a vida pela causa, como Che Guevara, aconselhava seus companheiros a "não perder a ternura, jamais". E se o momento é de festa, festejemos!

A celebração do Natal começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro, o Zagmuk. Ritual semelhante, chamado de Sacae, era realizado pelos persas e babilônios. Mais tarde, através da Grécia, o costume foi absorvido pelos romanos no festival dedicado a Saturno (o Cronos grego, um Titã, filho da Terra e do Céu que surgiu do Caos). Ele era o deus da agricultura, e as saturnais eram celebradas entre 17 de dezembro e o início de janeiro, quando se comemorava a semeadura das safras. Saturno teria reinado durante a chamada Idade de Ouro romana e as saturnais coincidiam com o solstício do inverno no hemisfério norte, quando o Sol atinge o maior grau de afastamento angular do equador, no seu aparente movimento no céu, em 21 ou 23 de dezembro.

"Todos os negócios públicos eram, então, suspensos, as declarações de guerra e as execuções de criminosos adiadas, os amigos trocavam presentes e os escravos adquiriam liberdades momentâneas: era-lhes oferecida uma festa, na qual eles se sentavam à mesa, servidos por seus senhores. Isso se destinava a mostrar que, perante a natureza, todos os homens são iguais e que, no reinado de Saturno, os bens da terra eram comuns a todos", conta Thomas Bulfinch no seu O livro de ouro da mitologia, a idade da fábula, escrito no século XIX.

A New Schaff-herzog Enciclopedia of Religious Knowledge (Enciclopédia de conhecimentos religiosos) registra que

atividades pagãs, como a Saturnália, estavam "profundamente arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência cristã". Segundo a Enciclopédia Americana, edição 1944, "o costume cristão, em geral, era celebrar a morte de pessoas importantes, em vez do nascimento". Mesmo hoje, a Igreja Romana considera a morte e ressurreição os momentos determinantes de salvação da humanidade - o sacrifício do Cristo -, e não o natalício.

Mas como o costume pagão de festejar o solstício era forte demais para ser debelado, as autoridades religiosas optaram por festejar o nascimento de Jesus. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal cristão "oficial" foi celebrado no ano 336 d.C. pela Igreja ocidental, à época do imperador romano cristão Flávius Valérius Constantinus (274-337). Mas só depois do século V a Igreja oriental adotou a celebração. Os cristãos da Mesopotâmia acusavam os irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao Sol, por aceitarem como cristã a festividade pagã. Sírios e armênios acreditavam que Jesus teria nascido em 6 de janeiro e que os romanos, idólatras e adoradores do Sol, anteciparam a festa para 25 de dezembro.

Séculos se passaram e o Natal, festejado em 25 de dezembro, se enraizou no mundo ocidental. Além disso, gregos e romanos foram contemplados: o 6 de janeiro passou a ser outra data de festa religiosa: o Dia de Reis. A troca de presentes, que já ocorria nas saturnais, passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também foram adaptados.

Já sob o capitalismo, a festa cristã tornou-se esse momento sagrado do comércio, quase que unicamente centrado na troca de mercadorias, digo, de presentes. Mas como presente é sempre bom de ganhar (com ou sem data marcada), que eles sejam muitos e satisfatórios para todos os que lêem estas linhas.E boas festas!
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