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Cartas-->Carta fechada a André Luis Aquino -- 06/11/2003 - 16:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em atenção à “Carta aberta a Felix Maier -- 06/11/2003 - 02:13 (Andre Luis Aquino)”, tenho a informar o seguinte:

Concordo plenamente com tudo o que o André escreveu. O ingresso do Brasil na ALCA deve ser precedido por conversações bilaterais sérias, sem ranço ideológico. Se o acordo for bom para o Brasil, o Brasil deverá assinar. Se não for, não assina, e pronto.

É babaquice Lula ficar reclamando dos subsídios que os americanos e a União Européia dão a seus agricultores. Os EUA fazem a sua parte, defendem os produtores de laranja da Flórida e suas siderúrgicas. A França faz o mesmo com a agricultura. É bom lembrar que esses países não têm o sol o ano todo, como ocorre em muitas regiões do Brasil. O Vale do São Francisco produz 2,5 safras de uva por ano, os americanos e europeus só conseguem produzir 1 safra. Acrescente-se a esse fato o salário de fome que nossos trabalhadores recebem em comparação com os salários dignos de europeus e americanos para concluirmos que, se eles não concederem subsídio à sua agricultura, ao mesmo tempo que dificultam a entrada de nossos produtos em seus países, ela será impraticável, ocasionando desemprego geral no campo e conseqüente êxodo rural, para inchaço das cidades, onde não encontrarão emprego. Moral da história: cada país tem o direito e o dever de defender seus interesses. O Brasil que faça a sua parte.

O comércio bilateral EUA-Brasil, atualmente, favorece o Brasil em mais de US$ 5 bilhões anuais. O ingresso na ALCA poderá ser muito útil ao Brasil. Basta lembrarmos um recente Acordo, o do NAFTA, feito pelas três nações da América do Norte. No dia 1º Jan 1994, data do início daquele Acordo, os zapatistas iniciaram um movimento guerrilheiro, por serem totalmente contrários ao acordo comercial do México com os EUA. Diziam os subalternos do “Subcomandante Marcos” que o México iria perder sua autonomia, que iria ser um quintal afavelado dos EUA. O que se verificou em quase uma década? Um ganho extraordinário para toda a população mexicana, com aumento de empregos e de salários. Muitas empresas americanas se instalaram no México, que aumentou suas exportações aos EUA em escala exponencial. Em 2002, portanto 8 anos depois, o México já ultrapassava o Brasil quanto ao PIB. Só não enxerga isso quem não quer.

Para finalizar, acrescento, abaixo, textos que escrevi há tempos em Usina de Letras, quando a CNB do B, junto com o PC do B e outras agremiações satélites do PT, fizeram um plebiscito soviético da ALCA, alcançando quase 100% de aprovação entre a idiotia nacional que cresce a taxas indianas...

A respeito da nota de Gilberto Simões Pires em seu site PONTOCRITICO.COM (*), o Embaixador José Osvaldo de Meira Penna, presidente do Instituto Liberal de Brasília, assim se expressou:

“Obrigado pela referência.

Os EUA são de fato e sempre foram o maior mercado para os produtos brasileiros, geralmente com grande saldo a nosso favor – salvo num curto período 1935/38 em que a Alemanha nazista, que nos pagava em “marcos compensados”, ficou em primeiro lugar. Naquela época recebemos canhões Krupp e guindastes que de nada serviram posteriormente. Durante os anos 70 e 80 também negociamos com alguns países comunistas, como a Polonia por exemplo, em moeda escritural e perdemos bilhões de dólares. Com os USA recebemos dólares que podem ser trocados livremente em qualquer outro mercado. É o tipo de comércio que enriquece. Como já está enriquecendo o México o qual, se tudo continuar como agora, será em breve maior economia do que a nossa.

Até o mais limitado carcamano da esquina sabe que o freguês deve ser tratado com cortesia mas neste país de gente pouco racional os políticos acreditam que se deve cuspir no freguês para amedrontá-lo...

Nosso propósito foi trazer um pouco de bom senso na apreciação do problema da ALCA.

Abraços, Meira”
Wed, 5 Nov 2003 16:22:31 -0200

(*) Gilberto Simões Pires apresenta: PONTOCRITICO.COM - III - Nº 18 - 04/11/2003:

“BOM EXEMPLO - Na semana passada, um grupo de simpatizantes e associados do Instituto Liberal de Brasília fez uma pequena demonstração diante da Embaixada dos EUA, com a importante participação do embaixador Meira Penna. Duas grandes faixas diziam: "Chega de anti-americanismo, por uma parceria Brasil Estados Unidos", e, "ALCA e Comercio, caminho para o progresso". Recebidos por um secretário adjunto, foi entregue o panfleto que estava sendo distribuído. Uma atitude digna de registro onde a maioria sempre se esconde nestas ocasiões. Já era tempo de reagir contra esta idéia fixa de odiar um país que é exemplo de democracia e liberdade econômica. Os Estados Unidos, como maior potência do mundo, é o país com o qual devemos aumentar cada vez mais as nossas relações comerciais. Parabéns aos manifestantes. Espero que isto aumente a coragem de mais pessoas.”

***

Em 25/06/2002, depois de transcrever um artigo de Samuel Pinheiro Guimarães, então Secretario Geral do Ministério de Relações Exteriores-Itamaraty “Como será a ALCA”, eu fiz as seguintes observações:

Por ora, discorrer sobre a ALCA é apenas fazer elocubrações fantasiosas. É o que os "barbudinhos do Itamaraty" mais gostam de fazer.

Ora, o teor da ALCA, item por item, deverá ser analisado pelo Brasil. Se algum artigo do acordo for considerado lesivo ao País, que se mude o texto ou não se assine o acordo. E fim de papo. O resto é conversa para acalentar bovinos.

Fazer um "plebiscito da ALCA", como o PSTU e o PCO realizaram ano passado, durante a campanha eleitoral para presidente, recebendo em torno de 98% de "adesões", é coisa para enganar trouxa. Foi um verdadeiro plebiscito fidelista, ao estilo da velha União Soviética. Ou Saddamista - se você preferir um termo mais recente. A maioria da garotada não sabia sequer o que significava "ALCA". Chôse de lôque! - diria o Jô Soares. (F.M.)”

***

No dia 29/09/2002, eu transcrevi parte de um texto da revista Veja em Usina de Letras, sob o título “ALCA: plebiscito soviético”:

“O plebiscito sobre a Alca patrocinado pela CNBB, com o apoio do MST e do PSTU, terminou com placar soviético: quase 100% de votos contra a participação do Brasil no projetado organismo. Na União Soviética é que os candidatos da situação nunca eram aquinhoados com menos que 99% dos votos. O plebiscito da Alca foi exemplar de como esse instrumento de consulta, tão acarinhado pelo candidato Ciro Gomes, pode se prestar à manipulação. Se um grupo favorável à Alca também se abalançasse a fazer seu plebiscito, nos mesmos moldes e com os mesmos métodos, lançando mão de igual propaganda indutora, e de cédula igualmente viciada, o resultado muito possivelmente também beirasse os 100%, agora a favor. Por outro lado – para prosseguir nas maravilhas que podem ser operadas por um plebiscito –, se um grupo favorável à pena de morte se dispuser a realizar o seu, talvez nem precise ser tão manipulativo quanto foi a CNBB para arrancar o resultado que pretende. A pena de morte já não é, em si, tão malvista. Usando os métodos da CNBB, o mesmo grupo poderia conseguir a aprovação da tortura”. (Roberto Pompeu de Toledo – Trecho do ensaio “Guia de sobrevivência na campanha eleitoral”, publicado na revista “Veja”, de 25/09/2002, pág. 126)

A respeito do lúcido texto de Pompeu de Toleto, eu escrevi o que segue:

Acima, pudemos ler mais uma estupenda conclusão a que chega o ensaísta Roberto Pompeu de Toledo. Aliás, a revista “Veja” deveria ser lida à moda árabe, de trás pra frente, pois os ensaios de Toledo, que sempre cobrem a última página da revista, são normalmente o ponto alto do semanário dos Civita.

Eu, pessoalmente, acho prematuro incrementar a Alca a partir de 2005, como acertado por 34 chefes de Estados Americanos (exceto Cuba) em reuniões anteriores. Os países que, provavelmente, comporão a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) (1) são muito díspares entre si, do ponto de vista do desenvolvimento econômico: os EUA e o Canadá são países de Primeiro Mundo, com uma economia avançada, a anos-luz sobre os demais; o resto – os países latino-americanos – estão todos penando no purgatório, alguns já caíram no inferno, especialmente os mais importantes, como Brasil, México e Argentina, além de Uruguai, Colômbia, Venezuela e Equador, sem contar o Paraguai e a Bolívia.

Antes da implantação do livre comércio, muita coisa deverá ser feita para que funcione, como melhoria da infra-estrutura aeroportuária, modernização dos portos, melhoria e construção de estradas, além de todo o emaranhado de leis que deverão ser discutidas, como as leis trabalhistas, penais, de imigração, e outras, para “aplainar” um mínimo que seja a acidentada realidade que persegue a maioria dos países. A União Européia levou anos para sua efetivação. A moeda comum, o Euro, ainda não é aceita por todos seus membros, a exemplo da Grã-Bretanha. Assim, com tantas aparas por realizar nesse projeto de integração das Américas, em que a discussão a sério não foi sequer iniciada, estaremos preparados em pouco mais de dois anos para o pontapé inicial?

Alca ou Afta (American Free Trade Area) significa “globalização”. O importante não é ser contra a Alca, contra a globalização, devido ao simples fato de os EUA estarem à frente da organização embrionária – como foi apregoado pelos vemelhos do PSTU, PC do B, PCO e do MST, com apoio dos padres-guerrilheiros da CNBB. A Alca, como o fogo, a água, o sol que nasce todo dia, não é ruim, nem boa em si. Depende do que virá a ser escrito. Na próxima reunião, em janeiro de 2003, o Governo brasileiro precisa sentar à mesa de negociações para defender os interesses do País. Se um item do acordo é prejudicial ao Brasil, ou se rejeita, ou se pede para modificá-lo. Ser do contra, simplesmente por ser do contra, para demonstrar o anti-americanismo, é atitude imbecil que só poderia vir de onde veio: do museu de cera ambulante a campo aberto, que é o MST, PCB, PC do B e o PSTU, zumbis soviéticos que teimam em perambular por nosso “admirável velho Brasil”, sob coordenação dos barbudos que também assaltaram a CNBB – melhor dizendo, a CNB do B. E os bispos, aprovam todos essa bobagem?

Mas, com certeza, os comunas brasileiros apoiariam um plebiscito de uma área de livre comércio que englobaria o Brasil, Cuba e a Venezuela, já que são fanáticos admiradores do tirano Fidel Castro e do demagogo Hugo Chávez, e nutrem ódio mortal aos EUA. As FARC fariam parte dessa “tríade” socialista como “convidados especiais”. Aposto meus próximos 12 contracheques que o “comando vermelho” acima descrito apoiaria um plebiscito desse tipo, para fazer face ao “grande satã” do norte.

Taí, o plebiscito, uma boa idéia para o PT encampar, caso Lula-laite vença as eleições presidenciais. Quem sabe, não foi idéia do próprio PT essa história do plebiscito? Dirão rapidamente os petistas: mas o PT nem participou do plebiscito da ALCA. Claro, estamos em época de eleições, não convém radicalizar. Neste ano, terroristas das FARC e do IRA também não foram convidados pelo PT para o Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, para não prejudicar a campanha de Lula-laite. Ano passado, eles foram recebidos por Olívio Dutra com pompa e circunstância, a Brigada Militar ficou de “braços dados” com um notório terrorista das FARC, que proferiu incendiário discurso na PUC de Porto Alegre. Ano que vem, quer Lula-laite vença, quer não, os terroristas serão novamente bem-vindos para o Fórum. Até as duas tartaruguinhas aqui em casa sabem que o PT participou de corpo e alma do plebiscito da ALCA. Só que por debaixo das saias dos padres, como convém a um partido camaleão.

Governando somente com plebiscitos, a “mais democrática das armas populares” – dirão os vermelhos de ontem, de hoje e de sempre –, a cúpula petista poderá aprovar tudo o que quiser, até salário-mínimo de R$2.000,00, com a maior facilidade, com placar de 100% a favor, como ocorre hoje em Cuba, onde Fidel Castro foi sempre confirmado como Presidente com a totalidade dos votos dos representantes da população. A petezada não precisará nem usar gangues de “jaquetas pretas” para intimidar a população, como ocorreu na Revolução Russa, sob Lênin. Aliás, o tal “Orçamento participativo” (2) não é nada mais do que um estratagema soviético, para tirar o poder das assembléias estaduais e das câmaras municipais. Com o plebiscito, tudo poderá ser conseguido por Lula-laite, na maior tranqüilidade “Lulinha paz e amor”, sem tiros, sem prisões, sem torturas. Isso, claro, se não houver reação da população para tal embuste...

Notas:

(1) ALCA – Área de Livre Comércio das Américas: enunciada na “Cúpula das Américas”, em Miami/EUA, em dezembro 1994, com a presença de 33 presidentes americanos, para criação até o ano 2005 da maior área de comércio do mundo, do Alaska à Patagônia, com 850 milhões (à época) de consumidores e movimento de mais de US$ 13 trilhões em bens e serviços; o mesmo que AFTA.

(2) Orçamento Participativo - Mecanismo de manipulação política, através do qual o Partido dos Trabalhadores (PT) busca aprofundar a estratégia revolucionária leninista conhecida como “dualidade do poder”. As organizações sociais e de bairro, à primeira vista voluntárias, com representantes ritualmente eleitos, são na realidade cooptadas pelo partido-governo. As decisões do “orçamento participativo” são tomadas não pela população das regiões em que se dividem a Capital e o Estado (caso do Rio Grande do Sul), mas pelos ativistas do Partido e pelos “quadros políticos do governo”, municipal e estadual, remunerados com dinheiro público, que também “monitoram” os debates, sob controle do Partido. Com isso, os ativistas do PT buscam progressivamente solapar e esvaziar a autoridade dos corpos legislativos. Tarso Genro reconheceu que o “orçamento participativo” foi concebido para operar uma “transferência de poder para a classe trabalhadora organizada” e substituir gradativamente “a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta”, acrescentando que esse mecanismo político havia sido constituído sobre “princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes” (in “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”, de José Giusti Tavares e outros; pelo conteúdo do livro, Tavares foi processado pelo PT do Rio Grande do Sul). Segundo dados oficiais, apenas 1,3% da população comparece às assembléias do “orçamento participativo” de Porto Alegre, RS. Com esse número reduzido de petistas, que se reúnem com qualquer número, debatem e decidem sem qualquer regra fixa, o PT pretende substituir a democracia representativa municipal de 33 vereadores, cujos mandatos foram obtidos com o coeficiente eleitoral de 22.750 votos. A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul enuncia, no Art 5º, Parágrago 1º, o princípio de que “é vedada a qualquer dos poderes delegar atribuições.”

***

Carta aberta a Felix Maier -- 06/11/2003 - 02:13 (Andre Luis Aquino) Usina de Letras

“Ao ler suas considerações acerca da ALCA e dos Estados Unidos da América não pude conter a meu desejo de expressar a minha opinião e colocar as minhas considerações a respeito sem defender bandeiras políticas ou ideológicas.

É indubitável a importância de tal acordo do ponto de vista comercial para o Brasil, novas oportunidades de negócios irão surgir bem como uma expansão considerável de nossa economia, mas é preciso também se observar outros pontos que envolvem esse acordo.

A abertura pura e simples de nosso mercado sem a devida capacitação da industria nacional em alguns segmentos pode agravar e muito a situação de desemprego no país só para ficar num exemplo, o Brasil precisa sim defender seus interesses de forma que não seja afetado de forma desigual pelo acordo, precisa sim fazer concessões mas é preciso também uma contra-partida dos EUA, é preciso haver um pacto multilateral e como temos visto acerca da política adotada pelos EUA eles não tem isso como um ponto forte, pelo contrário são extremamente unilaterais.

Os Estados Unidos são sim uma nação de grande desenvolvimento econômico e social, mas isso não lhes dá o direito de dar as cartas como bem entendem, não concordo também com o radicalismo de postura anti-americana, é mera balela pois só marca uma posição ideológica estática que não trará bons frutos para o nosso país.

Acho que o melhor caminho para ALCA é a negociação de ponto por ponto que entraram no acordo de forma que todos os envolvidos fiquem satisfeitos e tenham seus ganhos."





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