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Teses_Monologos-->Antigamente, quando Deus ainda existia... -- 22/08/2003 - 20:33 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Antigamente, quando Deus ainda existia, para levantar o moral das tropas do Bem em pequenas, médias e grandes empreitadas do gênero, costumava-se enviar ao front alguma loura vedete do rebolado ou da canção. Poupo-me de considerações sobre as nossas guerras caseiras não declaradas: em “Carandiru”, a cena antológica de Rita Cadillac, com seu talento embalado em saiote sumário de tiras amarelas, rebolando para uma população carcerária à beira da catástrofe.

Betty Grable, por exemplo, ficou conhecida por sua corajosa presença em ocasiões semelhantemente depressivas. Só que em guerras declaradas, tendo ditado a moda para 9 entre 10 professoras de inglês daqueles idos.

Marlene Dietrich também fez a sua parte, quando se tratava de animar os aliados na luta contra o nazismo. Foi um daqueles momentos em que, diria Leminski, "todas las armas son buenas". E que armas, terão gritado os varões assinalados.

Mas também era costume enviar ao front comediantes da cepa do recém-desencarnado Bob Hope. E era mesmo compreensível que suas piadas, vez ou outra, só recebessem mesmo risos amarelos.

Cena memorável: a lourinha alemã, é empurrada sozinha ao palco, entregue à sanha da soldadesca em regime de guerra, e se põe a cantar um acalanto, que desperta em cada um dos marmanjos debochados um bebê chorão que andava adormecido. É uma das cenas mais comoventes da história do cinema. A atriz tornou-se, em seguida, a terceira esposa do cineasta, sendo hoje conhecida como Christiane Kubrick. A cena é de "Glória feita de sangue", que acaba de ser lançado em DVD, juntamente com os dois outros filmes do jovem Kubrick: "O grande golpe" e "A morte passou por perto".

Sinal dos tempos, eu pensava ainda hoje, que hoje as tropas se contentem com músculos. Arnold Schwarzenegger causou furor, no Iraque da ocupação, entre os 140 mil espantalhos espantados, perdidos no areal na hora adversa que Deus concede aos seus, cercados por uma população de 24 milhões de homens-bomba em potencial.

E o corpo do nosso homem no Iraque, Sérgio Vieira de Melo, convenientemente embalsamado, supõe-se, chega ao Rio de Janeiro neste sábado, para ser velado e depois seguir Paris (ou Suíça?), onde finalmente poderá descansar de toda essa badalação post-mortem.

Mas eu pensava em Arnold Schwarzenegger, ao ver o anúncio de mais um desses filmes-porrada, cujo astro é VIM DIESEL. Who? O nome é mesmo explosivo. Como explosivos são 9 entre 10 traillers de filmes desse gênero. Olho nele, pode estar nascendo um futuro presidente dos EUA, nunca se sabe.

Depois dos jornais, e dessas reflexões somente possíveis num mundo devidamente conflagrado ("Não me digam que estourou a paz?"), tomo a grave decisão de percorrer a net, esse campo terrivelmente minado e contaminado por aberrações diversas. Antes ainda de me aventurar, a alma no papo, o coração aos pulos, por seu waldomirífico epicentro, o usinadeletras , onde cada gesto autoral é decisivo, adrenalina pura, um e-mail do Carlos Pompe me faz saber que o "Teologia da Esculhambação", empacado em seu número 100, pode e deve seguir em frente. O conteúdo, ele mo oferece de bandeja:

"Se Arnold Schwarzenegger pode ser governador, tudo é permitido."

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