As flores nunca secam na janela
Pisoteadas, tempo desdobrado
Arrancam dos sonhos a tempestade
Carregam, no pranto, torta aquarela
Redemoinhos, no apagar de sóis
Que os olhos projetados já não mais
Vigem, estáticas, por dentre os raios
Trafegam no que a alvorada destrói
Cada fresta por onde já não passam
Mofa de silêncio, entre cupins
Cingidos ao longe, mil estupores
Tremidos badalos, de espectador
No atropelo rasgado por jasmins
Vela lembranças derrubando os mastros |