PACIÊNCIA
Francisco Miguel de Moura*
Paz! Ciência! Sem palavra.
Diz de ti, sinceramente,
o que nunca ousaste de ninguém,
Do mundo que te pariu,
De mim, de mais alguém.
Meu silêncio é tua voz.
Diz-te integral e una,
Ancorada na voz do meu o silêncio,
Qual uma nau perdida no bravo Oceano
Diria aos ventos e às buliçosas ondas.
Todo silêncio brilha como o ouro
Quando a palavra é prata.
E de tudo restaremos nós num outro tempo
E do que julgas o mesmo caos.
Quero sentir o amor que tanto tens
Desperdiçado entre o mundo e tua hora
Contra ti e nada mais.Meu silêncio e tua voz.
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* Poeta brasileiro, mora em Teresina, PI.
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