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Poesias-->Ancestralidade Atual -- 29/03/2010 - 05:14 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952192189681600
Sinto-me estranho

É que minha mente

Pessoal e coletiva

Anda esquiva saindo

Fora do assédio

Gaynibal. Lembram-me

Esses supostos irmãos

Quem eram os filhos do

Antigo planeta canibal.

Neolítico. Pós-moderno.



As mulheres pariam mas

A fome nos invernos

Glaciais atípicos

Mantinha o rebanho à

Mercê do síndico das

Cavernas. Seu desejo

Ardente de alimento

Humano. Os gusanos

Mexiam-se nas tripas

Em decomposição.



Eram para ser os anjos

Da guarda das crianças

Ameaçadas. As caras meio

Sem graça esperavam o

Momento aziago das Homo

Omoplatas curvarem-se

Sob as carnes tenras

E apavoradas. Das crianças.



Os filhos Arcanjos não

podiam voar. Mesmo que

Fossem guerreiros estavam

Ainda na infância. Trêmulas,

As bocas sujas de sangue

Dos pais investiam nos

Ossários. Lambiam ossos

Devoravam as vísceras

Infantis. Os corações

Ainda pulsando lançados

No fogo glacial.



O terror ditava a norma

A necessidade de carne

Falava mais alto. As

Crianças eram retalhadas

Nas sombras. Os restos

Mortais lançados das

Janelas e frestas nas

Cavernas modernas do

Sexto andar.

Ao lado a lado aterrorizado

Dos corpos a lenha estalava

As brasas ardiam. As mãos

Peludas catavam piolhos e

Os últimos pedaços dos

Dedos lambuzados sangravam

Entredentes.



O tênue tutano dos ossos

Sugados pelos lábios

Sádicos. Saciavam a fome

Mordiam os artelhos. O

Esgar exaltado das línguas

Sugava os restos de pele

Tostada junto aos pelos.



Hoje, milênios depois

A herança da música dança

Na memória decantada da

Pré-história: o olhar doloso

Reflexo mútuo, demencial

Culpado, incestuoso, indolente

Unicamente carnal.



O que foi felicidade

Engorda e mata de saudade

Atrás das grades do casal

A memória: velhos tempos

Belos dias.



Enquanto isso o urdidor

Nardoni, e a urdideira

Buscam uma justificativa

Tempo perdido, limpam o

Sangue da menina Isabela

Dos cantos cínicos das

Bocas. E a nave louca da

Globalização continua seu

Investimento no Medo.



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