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Artigos-->A paz só virá quando os países se armarem! -- 16/12/2002 - 11:29 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em 1994 os EUA e a Coréia do Norte firmaram um acordo: os coreanos do norte congelariam seus programas nucleares em troca de 500 mil toneladas de óleo combustível. Agora em 2002, após saber, por confidências não se sabe de quem, que esse país retomaria antigos projetos de construção de armas nucleares, os EUA lideraram a suspensão do envio do óleo combustível aos coreanos. Por essa causa a Coréia do Norte está anunciando que reabriu suas usinas nucleares, desta feita para fins energéticos, uma vez que não pode ficar sem o combustível. A situação se complexou deveras quando vazou a informação de que os coreanos do norte mantêm um programa de produção de urânio enriquecido, elemento fundamental na construção de armas nucleares. Imediatamente a Coréia do Sul convocou uma reunião de seu conselho de segurança para avaliar o episódio, e os EUA, no papel que lhes é peculiar, exigem que a Coréia do Norte abandone essa idéia.



Pelos menos duas indagações surgem desse fato: 1. Por que alguns países podem ter armar nucleares e outros não? 2. Por que foi cortada a remessa de óleo combustível à Coréia do Norte, se esse país depende da energia gerada para se manter funcionando?



À primeira pergunta há uma nítida resposta: ou todos os países têm direito às armas nucleares ou nenhum pode tê-las. É absurdo admitir um mundo divido entre países com bomba atômica e outros que vivem sob a ameaça constante do fantasma nuclear. Quando há equivalência de poderes, obviamente há igualdade tanto no medo quanto no respeito surgidos pela presença de força tão letal em mãos alheias. Os EUA não se metem na política interna de países como a China (comunista, como todos sabem) nem da Rússia com a mesma avidez de quando intervêm na de outros países, o Iraque como exemplo, exatamente porque aqueles países representam, contraditoriamente, a verdadeira ameaça à segurança norte-americana, uma vez que detêm arsenais nucleares capazes de destruir os EUA varias vezes, ao passo que países como o Iraque e os demais do “eixo do mal”, vivem sob a constante vigilância dos ianques por supostos armamentos letais, bombas químicas, etc. Nada comprovado por enquanto pelos inspetores da ONU, registre-se.



Quanto à segunda pergunta, não é preciso ir muito longe no raciocínio para se concluir que se trata da velha ingerência norte-americana nos países que não rezam pela sua cartilha e que, desgraçadamente, não são potências nucleares, a ponto de, realmente, ameaçar a prepotência dos americanos do norte. “Façamos de tudo pra evitar que mais um opositor de verdade surja no mundo” deve ser esse o pensamento das autoridades americanas quando tomam decisões como os embargos que efetivam ou lideram contra as nações do mundo que contrariam seus interesses.



Creio que a única utopia possível para que o mundo viva livre da ameaça de uma última guerra mundial seria que nenhum país do mundo possuísse armas nucleares, ou, o oposto, que todos possuíssem o mesmo arsenal. Assim, fosse pela ausência da ameaça nuclear, fosse por sua letal sombra, viveríamos num planeta no qual todos os povos, para manter a própria existência, lutariam pela harmonia entre si, antes de querer, pela injunção da superioridade bélica que inflama os voluntarismos patrióticos de gente como os norte-americanos, oprimir e dominar outros povos, fato que, a História prova, parece dar imenso prazer aos opressores na exata proporção em que inflama a ira dos oprimidos.

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