Sou a carta do teu baralho
Que no jogo mais sujo,
Insiste em te derrotar.
Sou a placenta, coberta em feridas
que cobriu de incertezas
a hora maior do nosso amor.
Sou a fêmea que te lambe,
Se esfrega, se pronuncia
Sem escrúpulo nem pudor.
Sou o gozo que te sufoca,
Te vicia e te implora
Um carinho a mais dentro de mim.
Sou o punhal no meio da noite
Que dilacera a tua mente
Pela falta que meu corpo te faz.
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