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Artigos-->A periferia não pode? -- 17/04/2001 - 00:40 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Essa gritaria toda ao redor do jargão usado pelo pessoal dos bailes funk [que até já está passando, e rápido, como tudo tem de passar; se bem que aí estão "As Meninas" de volta, reeditando o hit "Um tapinha não dói"], essa preocupação com a transformação da mulher em objeto, essa coisa toda, parece querer ignorar o cenário alucinado/alucinante das nossas bancas de jornal.



Nelas, aliás, jornal é o que menos se vê. Tem "de um tudo", como diziam os nossos ancestrais.



A edição mais recente da revista Playboy, por exemplo, traz na capa "a última descoberta do Luciano Huck": uma certa Dani Bananinha. Realmente, quase inteiramente "descoberta". Não sei se apenas pelo intimorato e talentoso Luciano? Essas coisas demandam uma equipe, não é mesmo? Com aquele ar de "menina, você também pode ser como eu, também pode fazer o que eu faço, do jeitinho que eu faço". E fazem. Certinho. E estão começando cada vez mais cedo.



Objeto?

Do desejo de tantos, sem dúvida.

Nas mãos de uns poucos, com certeza.

Mas trata-se de um trabalho sério, profissional e etc. Não li a entrevista, mas, quando falam, elas costumam soltar pérolas desse quilate, essas "cachorras" [no filme do Gordo e o Magro, o cachorrinho se chamava "Quilate"], digo, meninas sérias, de boa cepa, ótimas referências, tamanho família.



Sobre ela, na capa, as seguintes informações:

além de loura (?) e gostosa (!), ela é SACANINHA.

Não é uma graça?



Então, como fica essa cruzada moralista denodamente insuflada pelos formadores de opinião, esses impolutos e heróicos defensores da moral pública e dos bons costumes?



No high-society, tudo bem. Afinal, é só um tapinha [uma palavra, sabemos, possui diversos significados]. E, como a música está dizendo: "um tapinha não dói".



Pergunto: Só a periferia é que não pode?



Mas acaba de sair um CD que ensina como você pode se transformar num buda. Eu disse "buda". Isso mesmo. Quero ver se adquiro o meu exemplar ainda hoje.



Pois ando farto das quinquilharias católicas ou evangélicas. Essa overdose de salvação. Como é mesmo o nome daquele padre magro e orelhudo? Aquele que reza na praia na capa do CD? Amigo do Gugu? Da Xuxa? Da Sasha?



Só me resta agora entrar numas de nirvana, tá ligado?



Na dúvida, já li isso em algum lugar, em matéria de religião o "negócio" é beber um pouquinho de cada água. Pois passarinho que come pedra sabe que viver é um danado de um cu pra conferir, e muito perigoso.
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