PICUINHAS NA USINA: FRAQUEZA HUMANA
Não me dou ao trabalho de usar minhas palavras para comentar futilidades, todavia, às vezes, os seres humanos atingem um ponto tão elevado de imbecilidade, mesquinhez e futilidade que quase sou induzido a botar as tripas para fora, a vomitar toda essa merda que fazem a mim e a tantos outros engolir.
Debalde vagueio por este imenso circo, na esperança de que possa encontrar pessoas sérias, dignas de serem alcunhadas de homens; contudo, pareço estar vagando num deserto, numa terra de cegos, surdos e mudos; num lugar onde o prazer humano é a intriga, a ilusão, a trapaça, as coisas mais sórdidas, a falsa noção de que se fazer passar pelo que não é uma forma de grandeza. Aliás, nada mais anti-humano do que tais coisas.
O ato de lutar por seus objetivos e de alcançá-los faz parte da vontade de potência do homem. Por sua vez, nem sempre isso é verdadeiro, pois, quando os objetivos são a simples e pura satisfação do ego, tudo isso se torna pernicioso e ruim. Ao contrário de contribuir para o alcance dum estágio superior na trajetória do homem em direção a uma raça evoluída e mais humana, tais objetivos contribuem tão somente para degeneração do homem.
E tais imbecilidades não fazem parte das minhas propostas, do meus anseios de que o homem possa vir a ser algo verdadeiramente humano. Por isso fica registrado aqui o meu desprezo a essas iniciativas e por todos aqueles que apóiam tais atos. Não vai ser por um placar mais ou menos elástico que se conseguirá conquistar leitores, mas sim pela capacidade de se fazer diferente, superior, de se saber argumentar e propor e discutir idéias. E isso, embusteiro algum conseguirá. Disso tenho eu certeza! |