A primeira coisa para se pensar o Brasil de forma correta é tirar-lhe a culpa que a população em geral lhe joga. As árvores, os mares e as pedras do Brasil , a natureza do país em si nada tem de errado ; o problema não é o Brasil, e sim os brasileiros.
Mesmo as coisas que não funcionam direito no país (como por exemplo a burocracia atrasada) não mudam porque uma das caracteristicas mais dramáticas do país é o descaso com a vida humana e a qualidade de vida. Quanto mais educado é um povo, mais prospera é a sua economia e melhor sua qualidade de vida; o déficit humano do país
- se não for corrigido em médio prazo que seja - condena-o ,irremediavelmente, a uma mediocridade eterna.
(UM ENSAIO LIVRE SOBRE A EDUCAÇÃO NO BRASIL)
Praticamente é uma unanimidade dizer-se que o maior problema do Brasil é a educação. O certo ,porém, é que não é por falta de escolas, uma vez que ao menos oitenta por cento das crianças no Brasil estão de alguma forma escolarizadas. Então o problema, fica claro, é o tipo de educação que se recebe. Pretendo nesse trabalho assinalar de forma livre alguns sensos que falta ao brasileiro,- uma vez que não sou um educador por formação,- apontando falhas na estrutura da formação do homem brasileiro naquilo que ocasiona de prejuízo no dia-a-dia do país e nas relações entre os indíviduos, assim como as consequências desse déficit educacional, que de fato existe e é grave. Melhor, gravíssimo.
Antes de mais nada é preciso dizer que quando se analisa um país
não falaremos de excessões e individualidades. Claro que o Brasil
tem pessoas brilhantes, bons educadores, assim como pessoas
capacitadas em qualquer área, algumas mundialmente proeminentes.
Porém aqui estaremos falando a "massa" do país,
a quantidade per capita da burrice, digamos assim,
e o objetivo dessa obra não é outro senão auxiliar
os educadores do futuro e alguns cidadãos que são vítimas
(e todos nesse país somos)do péssimo sistema educacional
do Brasil sobretudo na alfabetização e nas primeiras séries
que é onde se forma a "mente" e os "hábitos" e o gosto do cidadão
futuro.
A DECADÊNCIA DO ENSINO CATÓLICO E SUA CONSEQUÊNCIA SOCIAL
Marcelino Rodriguez
È comum hoje em dia o comentário : "as pessoas perderam seus valores". Porém, que valores eram esses? Quem tem mais de trinta e cinco anos de idade saberá responder na ponta da lingua qual, por exemplo, o primeiro mandamento da lei de Deus. Já quem tem menos será quase um milagre que responda. Na sociedade moderna, "Deus" passou a ser uma marca, não um valor. Usa-se Deus para abrir igrejas, vender camisetas, CDS, DVDS, vender livros de "Sucesso Absoluto" e por ai afora. A Pàscoa e o Natal viraram festas para se comprar comida e presentes sem qualquer significante para as pessoas do seu valor tradicional. Os cristãos protestantes, por outro lado, tiveram "seus pecados lavados" e não precisam mais em sua maioria de preocupar-se com
esse Vale de Lágrimas, onde vivemos de desespero em desespero com a violência infanto juvenil e a permissividade e a promiscuidade de uma "educação" moderna. Desde que se tenha "sucesso", pode-se tudo. Sumiram as sementes de castidade, amor, solidariedade, perdão, reverência, todas essas coisas que outroram faziam seres humanos mais ricos e mais interessantes. Pessoas que antes de fazerem o mal ou de serem "irresponsáveis" pensavam de duas a dez vezes, pois havia um senso de certo ou errado. Nâo Matarás. Nâo roubarás. Nâo dirás falso testemunho. Pra atual geração (completamente perdida e vendida) isso não quer dizer absolutamente nada. Quem um pouco mais de sensibilidade percebe: vivemos novamente no período anterior a Cristo. Tudo que se refere em geral ao sentimento fraterno da fé, morreu! Ficaram apenas os monumentos e imagens de um mundo perdido; aqueles que ainda sentem "a vida humana" como sagrada e preciosa imploram a Deus que os salve dos loucos e dos lobos. Não se ensina mais nada que preste as crianças. Moralismo? Longe de mim (questão de estética). Apenas já senti na pele que é complicado tentar amar quem não sabe quem foi Jesus, Maria e José. Consequentemente, também não sabem o que é amor, compaixão e solidariedade. Bem vindo ao mundo dos bàrbaros, onde se descarta e mata não apenas o corpo, mas a alma, que chora de desespero ao sentir o emudecimento dos santos e sente falta de si mesma ao contemplar as pessoas dançando pra Jesus, quando ele pede só um pouco de silêncio e reflexão todos os dias. O ensino cristão ensinavam as pessoas a conviver como gente. Agora já não se sabe mais: respeito e mistério são duas coisas extintas. O "mercado" mostra tudo. Ao escrever isso parece que ouço Jesus gritar: "Ei, seus loucos, meu reino não é deste mundo de fora, ele está dentro de vós". Mas se não se plantam mais boas sementes, de onde virão os frutos?
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QUAL O SENTIDO DA EDUCAÇÃO?
Vendo o ser humano de forma científica e fria, percebemos que
há nele mais inclinação para seguir os instintos primitivos e
o egoísmo do que as formas superiores do ser , tais como
a solidariedade, a cortesia, o altruismo e a ética; esses quatro
valores são despertados, cultivados e depois sim introjetados no ser
através da cultura (Literatura, Cinema, Artes, História e Esporte). Um
outro elemento fundamental de refinamento é A Religião na sua essência.
A decadência dos valores religiosos, o fim do ensino na infãncia do
catecismo, por exemplo, dos mandamentos e tal, além de um crescimento
nem sempre culto do protestantismo criou uma geração semi-bárbara.
RECONHECENDO ASPECTOS DO SUBDESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNILATERALISMO - A educação de excelência forma pessoas com interesses
diversificados, capacidade de ver de forma ampla e com distanciamento
as diferenças, integrando o que há de positivo na diversidade.
Por exemplo, é comum um católico europeu escrever sobre o que há
de bom nas doutrinas do oriente, ou um protestante americano
conhecer e integrar assuntos pertinentes ao taoismo ou mesmo
da umbanda. Mas será quase um milagre você achar um brasileiro
conhecer qualquer outra religião que não seja a sua própria,
originando dai a intolerância e a ignorância, a incapacidade
de agregar valores alheios.
CONFUSÃO - A confusão é a coisa mais evidente no dia-a-dia
do brasileiro. Confunde-se as coisas mais elementares. Certa vez
eu estava no centro e vinha um aidético vendendo cartões na rua.
Contou-me que havia morado muitos anos na Bélgica, mas não havia
gostado porque "o povo era muito frio".
Indaguei-lhe se havia crianças e velhos na rua. "Não" - respondeu-me.
E por que eles são "frios", então? Ai ele me olhou com uma cara um
tanto ingênua, sem saber o que pensar. È comum a confusão de forma
e conteúdo quando não se tem discercimento.
DESPERDÍCIO E DESCOMPROMISSO - Quando a educação é pobre, superficial
e mediocre, assim - fora os casos milagrosos - será
a vida dos individuos e das nações mau educadas. Um brasileiro foi
estudar nos EUA e chegou na aula faltando meia hora pra o inìcio da
mesma. Não havia ninguém. Faltando três minutos chegou todo mundo.
Simples: pra que perder tempo? Uma mente educada não chegar antes
nem depois dos compromissos, porque em geral
tem o tempo bem aproveitado. È comum , por exemplo, ver o desprezo
(diria até alienação) que se tem pela leitura e pelo conhecimento
nesse
país. Basta ver que as pessoas esperam nas filas dos serviços
públicos
horas ,olhando pro nada, reclamando do tempo. E depois são atendidos
(em geral de forma precária) por funcionários que tem muito pouca
noção tanto de seus deveres quanto do problema e dor alheia; a
capacidade de compaixão do brasileiro em geral é baixa,
pouco trabalhada.
INCAPACIDADE DE DAR VALOR AO ESSENCIAL DA VIDA HUMANA,
SUBSTITUINDO AS COISAS/RÓTULOS PELAS PESSOAS.
DESINTERESSE PELO OUTRO.
Já repararam como o brasileiro convive muito bem conformado
com a miséria? Alguém conseguiria imginar, porém, o que aconteceria
se o Flamengo caísse para a segunda divisão? Sem dúvida que o futebol
e outras diversões são apaixonantes, mas que ocupa um espaço
demasiadamente exagerado na mente da população, não resta dúvida.
Em geral o brasileiro não tem nenhuma atitude cívica real. È como
se ele nada tivesse com o país, nem o país com ele.
INFORMALIDADE DEMASIADA E FALTA DE IMAGINAÇÃO - Se não houver leis
que inibam, parte grande da população trabalharia nos orgãos públicos
e privados
como se tivessem na praia ou na parada GLS. Por que? Não existe
senso de "excelência e reverência". Tudo é uma "brincadeira", como
se a vida fosse um "Carnaval Eterno".
DESPREZO PELO CONHECIMENTO - Uma coisa que me intriga bastante é que
os personagens da dramaturgia televisiva brasileira não lêem nada.
Parece que basta ter traseiro e uma cara bonitinha que já se é
uma pessoa "interesantíssima", de primeiro escalão. O tempo todo
por ABSOLUTA FALTA DE INTELIGÊNCIA os personagens
querem se destruir. Uma das diferenças do Brasil
