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Artigos-->POR UMA LITERATURA UNDERGROUND (um manifesto) -- 13/04/2001 - 19:48 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
underground = subsolo



subsoletrando, subsoletrando

(ah! o mundo das letras)



a sopa de letrinhas tem por destino

o intestino, sempre,

mesmo que só

por amor

à rima



eine U-Literatur

(vaga lembrança

e poucas saudades da superfície)



o trem já atravessou tantas páginas, Jônatas,

(café-com-pão, café-com-pão, café-com-pão,

Virgem Maria, que foi isto, ô maquinista!)



agora é a vez do metrô,

Dona Literatura,

seu percurso voraz demanda entranhas



e há quem prefira

"uma literatura visceral",

a revista CULT, para citarmos um exempo



bye-bye, mainstream,

haja divã para tanto complexo de vira-lata

haja platéia para tantas divas doidivanas



o mirisola, hoje, na secção de cartas da Folha,

vocifera contra Patrícia Melo

e a turma do pirulito



(os leitores da CULT - nada mais justo!

- detestaram o boca-suja do mirisola)



jabuti, não

o mirisola tem de levar é muita,

mas muita jabuticaba naquela cabeça de purungo

(também... o que ele fez com a Hildegard,

nem mesmo Santa Terezinha aguentaria);

e quem mandou confiar no Cabralzinho,

aquele filho da puta?



do usina , o autor/leitor DENISON Souza Borges

vai ser cuspido fora com a água

do buxixo, do bochecho,

do gargarejo



que deixe, pedras demarcatórias

de um caminho que -

cada qual à sua maneira -, percorremos,

uma seleção dos seus melhores textos;

entre os imprescindíveis:

"Adentrando a vulva de minha mãe",

"Morra logo, mãe, sua casquinha, eu quero

a minha herança" e "O dia em que

os mestres da música foram para um jartar"



um pântano de salivação -

uilcon pereira definiu bem -,

a opinião pública



mas...

e a média?

e a mídia?



"don t play with dark things",

cantava bob marley



"mas isso faz algum sentido?", perguntarão alguns leitores atônitos



"sim" - sou eu, catatônico, quem responde -,

"principalmente em se levando em conta

que o usina de letras vem mais e mais adotando,

por obra de alguns

(alguns!)

de seus autores/leitores (e,

muito saudavelmente, é preciso que se diga),

o procedimento poético básico

da auto-referência"



um quadro de avisos,

e a roupa suja que se lava

em casa (e a criança que - lei de Murphy -

acaba sendo jogada fora com a água do banho)



"tudo que é bom para o lixo,

é bom para a poesia"

(manoel de barros)



de volta à infância:

"coelhinho da Páscoa,

que trazes pra mim?"



de volta ao começo:

subsoletrando

(ah! o mundo das letras)



(ah! usina de letras,

"meu vício desde o início",

quantos já te deixaram...)



"[...] e toda sorte de clichês",

cada vez mais imperdoáveis



e, já que a superfície anda irrespirável,

e já que a média desconhece o seu impasse,

só nos resta ir fundo:



por uma literatura underground

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