CULPA DO VIRA-LATA
O Vira-Lata é o culpado pela publicação de igual texto em mais de uma sessão por mim e outros colegas. O canino não escreve artigos, castas, contos, cordéis, crônicas, discursos, ensaios... O sarnento nada escreve - e ainda adotou a tática terrorista de apagar os textos dos outros.
Há várias pessoas reclamando, com razão, e a Usina de Letras pode republicar os textos, que continua no banco de dados, e, ainda, identificar quem os retirou fraudulentamente das listas. Salvo melhor juízo, essa postura de ignorar tudo, adotada pelo senhor Waldomiro, é incompreensível - e PUNE QUEM PUBLICA E PROTEGE O VÂNDALO, O MARGINAL, O SEM-VERGONHA.
PICHADOR - Para quem se considera "o rei mundial da pichação", não existe local à prova de ataques. Em anos eleitorais, Toniolo, que atua em Porto Alegre e região metropolitana, chega a gastar mais de uma lata de spray por noite, e garante não ter medo da polícia ou de represálias. Pelo contrário: ele diz que, muitas vezes, ser preso ajuda a chamar ainda mais a atenção. "Sou o único pichador que assina o trabalho com o próprio nome, sem apelidos ou símbolos que ninguém entende", assegura Toniolo.
No que se refere a estratégias de ação, garante que há muito tempo tem deixado as propriedades particulares em paz. "Pichar a casa dos outros causa mais revolta do que atacar um monumento, por exemplo, e não tem o mesmo efeito", justifica. "Precisa ser um lugar bem visível, que cause impacto."
Articulado e bem informado sobre diversos assuntos, é figura popular no bairro Petrópolis, onde mora desde que nasceu. "Tenho muitos seguidores, muitos dos quais ensinei a pichar, quando ainda eram adolescentes, mas prefiro agir sozinho, pois o pessoal é amador e acaba fazendo muito barulho", ressalta.
Interior e Litoral Norte conhecem sua marca. Nos anos 80, durante tour à pequena praia de Figueirinha, precisou correr muito para não ser baleado pelo revólver de um veranista que o flagrara autografando alguns muros. Os tiros passaram bem perto. Curiosamente, foram observadas pichações com o nome "Toniolo" até mesmo em municípios onde ele nunca esteve, as quais atribui a admiradores anônimos.
BOM - Certamente por esse motivo os políticos até esfregaram as mãos, pensando nas urnas e em Toniolo. Em 1982, o telegrama de ilustre senador do Partido Popular (PP) mudaria sua vida para sempre: "Nosso partido necessita sua ajuda. Conte com meu apoio para candidatura a cargo de sua preferência. Abraços, Tancredo Neves".
RUIM - Além de 3 mil sprays e 70 mil pichações, a memória de Toniolo contabiliza tiros, ameaças de morte, prisões, internação psiquiátrica e incontáveis processos por incitamento ao voto nulo, perturbação da ordem e depredação.
Fonte: Correio do Norte.
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