Abri a janela, amanhecia o dia, uma borboleta branca entrou. Voou pela casa, visitou os cômodos e, decidida, pousou no sofá.
Cheguei perto de mansinho, deixou que eu me sentasse ao lado, fiquei, ficou, ficamos paradas, cada uma com suas recordações.
Vez em quando balançava as asinhas e eu pensava não vá ainda e acho que escutava porque pacientemente ali ficava, alimentando meus pensamentos que voavam, a ir e vir.
Então mexeu-se novamente, levantou um pequeno vôo e, decidida, pousou delicadamente em mim; branca, leve, arrojada, linda, e de tão linda remexendo lembranças e de tão linda abrindo, de novo, a ferida.
Tenho saudade de ti. Ai que saudade dolorida tenho de ti!!!!
18/03/09
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