TRILHANDO O PASSADO.
Ana Zélia
Singrando rios, revendo florestas, murerus, que dançam ao sabor das ondas.
Raios cortam os céus num bailado pirotécnico.
Águas caem do alto fervilhando o rio cá embaixo.
Um dia sagrado, sexta-feira da Paixão.
O Homem mais venerado do mundo é lembrado, morto, crucificado, foi o mais humilde em sua santidade.
No mundo dos idiotas, medíocres, os “pequenos” se impõem parecendo grandes por instantes e pisam, chicoteiam...
No reino das ilusões caminhamos num sobre e desce, num caminhar sonâmbulo, fugindo no presente de um passado que se perdeu no tempo.
Os mortos não voltam, os vivos precisam seguir.
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Bordo Catamarã “Rondônia”, extinta ENASA, trecho entre Belém-Manaus, 02.04.1999.
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