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Cronicas-->As Paineiras da Minha Praça -- 05/06/2005 - 21:00 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As Paineiras da Minha Praça
Delasnieve Daspet

Moro em frente a uma praça.
Praça de árvores, uma pista de skate, uma quadra de futebol de salão e de muitas árvores.
No final de tarde - a passarada - de todos os matizes, de todas os tamanhos, sons, cantos, lamentos, raças e credos visitam a praça.
A sinfonia é indescritível. Pela manhã, a balbúrdia, também é muito grande. O alvoroço que se ouve só quem conhece sabe...
Cantam os sabiás, as tesourinhas, os bem-te-vis, os pardais, os periquitos, e vez ou outra tem um casal de arara azul que passa lentamente, como quem deixa, magnanimente um sinal de paz no horizonte...
E ainda não falei dos meus amados beija-flores, de todas as cores, tão pequenos e tão rápidos - que deixam, nas flores das minhas primaveras, toda sorte de vida.
Abelhas colhem o pólem das pequenas rosas e da flor-de-maio - que orgulhosa se abre e se entrega só uma vez por ano - em fins de maio começo de junho.
Mas, hoje vou falar das paineiras. Temos quatro grandes paineiras na praça. As paineiras são árvores que chegam a trinta ( 30 ) metros de altura. Tem o tronco retilíneo e cilíndrico, com engrossamento perto da base ( barriga ). Tem a copa grande, ampla, muito ramificada, com densa folhagem no verão e flores solitárias rosas ou arroxeadas. E sementes... como tem sementes!
Sementes envoltas em penugens brancas: as painas... quem nasceu em fazenda conhece os travesseiros de paina, colchões, almofadas...
Mas, ainda sobre a paineira - é uma árvore de crescimento rápido e de vida longa. Sua madeira é utilizada na fabricação de canoas e caixotes. Pela sua beleza é muito utilizada na ornamentação de parques.
Encontramos a paineira em quase todo o País e sua floração é de dezembro a maio.
Mas, como eu dizia - no final da tarde as paineiras e sibipirunas recebem uma revoada de passarinhos que chegam para repousarem. Uma nuvem preta e barulhenta desce e verga os galhos - que como braços de mãe - se abrem para recebe-los.
E a voz azul dos pássaros ficam verdes nas tardes douradas da minha rua...
Mas eu conheço um outro pássaro que, também, se abriga nos braços da paineira - é o meu filho Werner, turismólogo e que é adepto de esportes como rappel em cachoeiras, prédios, montanhas, e, claro, na paineira da praça, como vocês podem ver aí na foto que ilustra esta crónica.
E, hoje, neste 5 de junho, dia dedicado ao meio ambiente, quero homenagear estas companheiras de vida de tantos invernos, amigas que me dão sua sombra, suas flores, proporcionam festivais melódicos incomparáveis, servem de abrigo aos meus filhos, servirão aos meus netos... e quem sabe o que mais?
Estas paineiras são sentinelas da minha rua - barrigudinhas, do alto, muito alto, avisam dos ventos, das chuvas, da vida que chega e segue, e quando triste, me alegram com a melodia de suas folhas que gemem ao vento ou dos seus pássaros que parecem cantar de suas entranhas...

Delasnieve Daspet
Campo Grande MS
05-06-05
delasnievedaspet@uol.com.br

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