O TEMPO DOS ASTROS
Não estimes o tempo dos astros,
o fascínio que por certo consome
seus pequenos olhos são esplendores passados,
irradiação arrefecida do que fora a fúria muito antes
que você sonhasse sua possível história,
e os céus serão os mesmos,
bem depois de esquecê-la ,
quem, por sorte, ao lê-la, por mais sorte,
acenda o estopim de seu espanto.
Barcarena, 17 de Setembro de 2005
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