Sem Pretensões
Paulo Nunes Batista
Dar-me como uma flor, ou brisa, ou olhar de mãe
ou verso solto que no espaço voa,
ou Sorrir de Sai Baba, ou o azul dos céus,
pássaros, borboletas, mar, montanha
ter a graça de um lírio, de uma pétala,
de um gesto puro o olor, a aura, a simplicidade,
ser o gesto de amparo, esse arco-íris
que unge toda Palavra de Bondade
Nada esperar de Nada, apenas ser,
viver para Lá da Vida, amar a Tudo,
sem a Beleza, assim, sem pretensões
Humilde como pedra, água que passa,
luz que se abraça a Tudo, ária inaudível,
sem história, sem cor, sem ilusões.
Anápolis, 9-7-2008
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