A esperança de um futuro melhor
Por: Luiz Panhoca
Escrevo sobre uma grande personalidade de nossa história, que me traz um sopro de esperança num futuro melhor. Neste dia de segundo turno tenho, preciso acreditar que, um dia, algo mude para melhor. Conhecido como o mais notável escritor desde Eça de Queiroz, comemoramos neste ano o centenário de seu nascimento, seu nome é Gilberto Freyre.
O Prof. Gilberto de Mello Freire, nasceu na maravilhosa cidade de Recife, no dia 15 de Março de 1900. Quando criança estudou inglês, francês, latim, desenho e pintura. Bacharelou-se nos Estados Unidos em Artes Liberais, na Universidade de Baylor, Texas. Mestre em ciências políticas pela Universidade de Colúmbia, com a dissertação "Vida social no Brasil nos meados do século XIX".
Estudou particularmente o patriarcalismo rural e o paternalismo senhorial, ainda verificado em muitos aspectos de nossas relações sociais atuais. Estas relações que têm origem em sua problemática de pesquisa são principalmente as relações sociais nas regiões agrárias do Brasil. Em seus escritos encontramos temas como nossa terra, nossa vida, as nossas coisas e seus inter-relacionamentos.
Talvez o escritor brasileiro que recebeu as maiores distinções nacionais e internacionais: recebeu o título de "Sir" Cavaleiro do Império Britànico pela Rainha Elizabeth II, Doutor honoris causa pelas Universidades de Colúmbia, Baylor, Oxford, Sorbonne, Munique, Salamanca além de inúmeras outras homenagens.
Entre suas obras, Casa Grande e Senzala, Sobrados e Mucambos, Além do apenas moderno, apenas para citar algumas, valem a pena serem lidas ou pelo menos folheadas.
Segundo suas próprias palavras: "Sou um brasileiro de Pernambuco. Gosto muito da minha província. Sou um indivíduo muito voltado para o passado, muito interessado no presente e muito preocupado com o futuro".
De sua casa no Recife ele exerceu uma notável e renovadora influência no campo das Ciências Humanas e na evolução dessa ciência no Brasil.
Sua análise talvez encontre seguimento em filósofos, cientistas sociais, jornalistas e escritores conscientes e críticos agentes políticos com poder de influenciar mudanças na situação de descaso que sofre o povo brasileiro. Em nossos atribulados dias de crises e mais crises, pobreza generalizada e crescente, um desemprego assustador para um país pobre como o nosso, com uma população extremamente jovem e sem perspectivas, com um crescimento populacional ainda considerado alto para os padrões desenvolvidos, necessitamos de muitos Gilbertos.
Entretanto a pergunta que todos fazem a mim: Onde você está, o que você faz? O que você está fazendo por isso tudo? Qual o seu entendimento?
Eu respondo com a fenomenal canção do Eduardo Gudim...
"Quem pergunta por mim, já deve saber,
Do riso no fim, de tanto sofrer.
Que eu não desisti, das minhas bandeiras,
Caminhos, trincheiras, da noite.
E eu que apostei, na minha paixão,
Guardei um País, no meu coração,
Um foco de luz, seduz a razão.
De repente a visão, da esperança.
Quis este sonhador, aprendiz de tanto suor,
Ser feliz, num gesto de amor,
Meu País acendeu a cor.
Verde as matas no olhar,
Ver de perto ver, de novo um lugar,
Verde adiante sede de navegar,
Verdejantes tempos, mudanças dos ventos no meu coração."
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