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cronicas-->O novo século: Lições aprendidas e o futuro. (Parte 2) -- 01/05/2005 - 20:54 (Luiz Panhoca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O novo século: Lições aprendidas e o futuro. (parte 2)
Por: Luiz Panhoca

Este é o segundo artigo de uma série que apresentará o posicionamento do "World Bank" para o desenvolvimento mundial no século 21. Comentaremos em quatro artigos o World Development Report 2000 - Entering the 21st Century.
Nesta série de artigos mostramos a análise do que esta organização espera para o futuro e analisa os resultados do passado. Examina o desdobramento dinàmico nos níveis supranacional e nacional e, propõe, novas regras e estruturas para servir como base para as políticas de desenvolvimento no século 21.
No primeiro artigo mostramos que a transformação das políticas e, os novos desafios aos níveis global e local, proporcionaram quatro lições críticas. Primeira lição; a estabilidade macroeconómica é uma condição prévia e essencial para se alcançar o crescimento necessário para desenvolvimento. Segunda; crescimento se faz com o atendimento das necessidades humanas. Terceira; uma política isolada não promoverá o desenvolvimento, é necessário um enfoque abrangente. Quarta; as instituições devem solidificar o desenvolvimento sustentado e contínuo em processos socialmente integrados e com responsabilidade pela mudança das circunstàncias que atuam sobre esses processos.
Estas lições do passado, são o foco central para o Banco Mundial enfrentar os desafios e condução de suas atividades no século 21 e no modo como propõe soluções para o desenvolvimento, principal desafio no futuro.
Concluímos o primeiro artigo, resumidamente, com quatro afirmações:
o Os desenvolvimentos sustentados têm múltiplos objetivos;
o Políticas de desenvolvimento são interdependentes;
o O governo tem um papel vital no desenvolvimento;
o Os processos têm a mesma importància que as políticas.
Novas diretrizes para a criação do desenvolvimento
Com base nestas afirmações, o Banco Mundial está introduzindo um conjunto de conceitos para o desenvolvimento que servirá a vários propósitos: ter, como meta principal, o desenvolvimento; realçar a natureza integrada da definição das políticas; enfatizar os processos institucionais exigidos na sustentação do desenvolvimento; e, coordenar esforços para promover o desenvolvimento.
Esta estruturação, destaca a crescente preocupação com o planejamento dos muitos elementos integrados que compõem o processo do desenvolvimento e, sua coordenação na obtenção de melhores resultados. Por exemplo, não basta a construção de uma escola, esta é uma atitude isolada. A elevação dos níveis educacionais, dependerá de muitas outras coisas, como mecanismos efetivos para selecionar, treinar, e remunerar os professores adequadamente, recursos suficientes para comprar livros, construir bibliotecas, e aquisição de material didático adequado.
O que é verdade para o projeto do edifício escolar, também é verdade para os programas de privatização, segurança social, e programas de produção de energia sustentáveis. A integração entre projetos e processos é vital para o sucesso. Esta visão, torna esta integração explícita, enfatizando as relações entre o humano, físico, setorial, e os aspectos estruturais do desenvolvimento.
Os aspectos humanos e físicos de desenvolvimento são bem conhecidos. O aspecto setorial acentua a importància de elementos de integração setorial como coordenação, administração, e manutenção do meio ambiente realizado pela iniciativa privada e iniciativas da comunidade. Aspectos estruturais focalizam a necessidade de uma boa governabilidade, decisão e condução transparente, processos legais e judiciais eficientes, monitorados por sistemas reguladores. A esta identificação de regras e processos, como base crítica para o desenvolvimento contínuo, se soma uma dimensão nova para popularizar o pensamento do desenvolvimento.
Estes itens não constituem uma lista exaustiva das preocupações que o desenvolvimento deveria contemplar. Além disso, como mencionado anteriormente, a estabilidade económica é uma condição necessária para o sucesso das iniciativas de desenvolvimento. A importància destas preocupações é individual para cada país e, depende, das particularidades de tempo e lugar. Todo país será beneficiado com a identificação e priorização das suas necessidades e, com o exercício cívico, que irá revelar as fraquezas económicas, governamentais e os fracassos institucionais que obstruem ou impedem, parcial ou totalmente, o desenvolvimento.
Construção de atores e parcerias
O Desenvolvimento requer a participação efetiva, dos diversos atores (participação organizada e atuante portanto) da sociedade, do governo, do setor privado, e da sociedade civil. Uma estratégia abrangente exige a participação de todos os envolvidos. Aos governos nacionais, cabe a orientação das agências e das organizações na coordenação dos seus esforços para remover gargalos que impedem ou retardam o desenvolvimento.
Organizações sólidas, atuantes e, instituições com direitos e deveres democráticos é uma condição prévia, necessária, para o desenvolvimento. Especificamente, os países precisam de instituições que fortaleçam as organizações e promovam a boa governabilidade através de leis e regulamentos ou coordenando as ações dos muitos atores, como tratados internacionais, e a formação de parceiras público - privadas. O aumento de processos e de regras baseadas na transparência política, projeta e implementa a criação de resultados desejados.
A mensagem do relatório é que, novas propostas e respostas institucionais são necessárias em um mundo globalizado e regionalizado. A globalização exige que os governos nacionais busquem acordos com parceiros, sejam eles outro governo nacional, organizações internacionais, organizações não governamentais (ONGs), corporações multinacionais ou instituições supranacionais. A regionalização exige que os governos nacionais cheguem a acordos com regiões, cidades, instituições nacionais, que discutam assuntos como compartilhar responsabilidade e a elevação da renda. Globalização e regionalização requerem frequentemente, respostas que estão além do controle único governo nacional. Entretanto, os governos nacionais, ainda permanecem como o centro, de formação de políticas de desenvolvimento, porém, num ambiente que o circunscreve, constrange, e redefine o seu papel. Em um mundo interconectado, no qual países podem continuar fragmentados, programas de desenvolvimento têm que responder a imperativos globais e locais.
Globalização e regionalização
Avanços tecnológicos na comunicação permitem, instantaneamente, o conhecimento do que se passa pelo mundo. A importància crescente dos serviços e das informações, nos meios económicos mundiais, permite a redução nos custos de uma forma global. Ao mesmo tempo melhorias nas redes de transporte e na tecnologia, estão reduzindo os custos de transporte de bens, seja por via fluvial, marítima, terrestre ou aérea e, melhorias na informática facilitam a administração. Matérias-primas e componentes podem vir de países diferentes e serem montados em outro, enquanto a comercialização e a distribuição em outros. As decisões de consumidores em Londres ou Tóquio se tornam informações que, têm impacto quase imediato nos produtos que estão sendo fabricados e, influenciam, o desenho dos artigos que estão sendo projetados em toda parte do planeta.
O aumento dos níveis educacionais, inovações tecnológicas que permitem a troca de idéias e, o fracasso económico da maioria das economias centralmente planejadas, têm contribuído na redução do regionalismo. Os governos nacionais responderam a esta inibição de vários modos. Mais países se tornam democracias e, a solicitação por eleições se expandiu a níveis nacional e regional. Governos nacionais, cada vez mais, estão compartilhando responsabilidades e rendas com regiões que, são mais íntimas às pessoas afetadas pelas decisões políticas. As pessoas, por sua vez, estão formando ONGs para alavancar seus objetivos como reformas políticas, proteção ambiental, igualdade de direitos, e melhor educação.
Globalização e regionalização são assuntos que provocam reações fortes, positivas e negativas. A globalização é defendida em função das oportunidades novas que traz, como acesso a mercados, oportunidades de transferência de tecnologia, pela promessa de aumento da produtividade e pela expectativa de um padrão de vida mais alto. Entretanto, a globalização também é frequentemente temida e condenada porque traz instabilidade e mudanças que não compreendemos bem. Expõe os trabalhadores à competição das importações que ameaçam seus empregos; arruína instituições, empresas e, até mesmo, economias inteiras, quando a dinàmica do fluxo de capital estrangeiro os sobrepuja.
A regionalização é defendida por elevar níveis de adesão e de participação nas decisões, proporcionando para as pessoas, mais chances para influir no meio ambiente de suas próprias vidas. Descentralizam o governo de forma que as decisões são tomadas a nível regional, mais próximas dos eleitores, a regionalização permite um melhor controle e observação, gerando uma governança mais responsável e eficiente. Mas, essa autonomia pode comprometer a estabilidade macroeconómica. Governos locais podem obter pesados empréstimos e, se não forem empregados sabiamente, podem comprometer governo e a estabilidade nacional.
O relatório do Banco Mundial, que estamos comentando, não elogia ou condena a globalização ou a regionalização. Ele os considera como fenómenos que nenhum programa de desenvolvimento pode se dar ao luxo de ignorar. Enquanto os governos nacionais permanecerem como atores centrais do esforço desenvolvimentista, tanto a globalização como a regionalização, necessitam que eles se ocupem das instituições essenciais que constroem o global e o regional, para nivelar e para capturar os benefícios do crescimento no século 21.
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