Efêmeras nesgas nascidas nesta fala!
O silêncio é o grito que mais me exaspera nesta euforia de tudo supor ter e nada ver!
Flores que encenam uma primavera que morre com o suspiro de um sonho que arde em chamas numa sofismável solidão!
Cânticos que não conseguem mais ninar a esperança e, muito menos, a espera!
Dores que pulsam e
não permitem outro anúncio de possibilidade!
Corpo adormecendo pelo anestesia do cansaço!
Braços e mãos latejando pelo repetir de acenos que imploravam o seu regresso!
Quase tudo findo!
Estrelas caindo no amanhecer e
impondo um fim sem retrocesso!
Lua minguando!
Chão riscado neste vaivém que sempre vai e jamais vem trazendo um significado além deste que se me entrega aos olhos!
Grito com os meus olhos pendurados nesta linha que teço com o meu mais puro e nobre amor!
Falo sozinho e preso a uma efemeridade de vida...
de essências desvividas no tecer da noite numa ultimada hora que anuncia o fim!....
de noite que morre na esperança de um novo dia!...
Com você!
©Balsa Melo
05.12.08
Paraíba
Brasil
