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cronicas-->Meu Porta-retratos -- 05/04/2005 - 15:48 (Flavio Luiz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu porta-retratos, que repousa sobre a minha mesa de trabalho tinha, há bem pouco tempo, um amor. Não era o amor perfeito, não era o amor prometido nos mais belos contos de fadas. Não se tratava de um amor sem falhas e sem rancores ou sem angustias. Era apenas um amor, simples e despretensioso amor de porta-retrato. Parte verdadeiro, parte construído de mínimas mentiras. Ainda assim um amor, único sem comparações, apenas protegido pelo vidro do porta-retratos.
O vidro quebrou, o amor se foi, e o retrato foi junto. O porta-retratos ficou vazio sem nenhuma vida, mínima que fosse, nada para acalentar uma solidão fria e longa em toda sua plenitude. Vasculhei meus álbuns de fotografias em busca de recordações de um outro passado, algo ou alguém que cuja a simples imagem me fizesse sentir que tive mais vida do que o recente passado. Mas em lamentos descobri que em todo meu passado só tive um único amor, e agora parece que não tive outro passado que não fosse esse amor vivido.
No porta-retratos, o que vou colocar para cobrir esse vazio que agora se instala? Dentre as recordações procurei a que menos me frustrou, a que menos me magoou, a que não prometeu nada, aquela que não falou nada, aquela que jamais me traiu.
Achei uma foto da minha época de serviço militar, dentre muitas poses minha com a farda de soldado raso, achei uma em que eu não estou. Essa foto retrata um canhão de 155 milímetros, que é rebocado por um caminhão, seu peso é de 5700 kilos, precisa de 5 homens para operar e lança uma granada a 19,5 kilometros capaz de arrasar um raio de 100 metros (Obuseiro 155mm M114 AR) Gostei da lembrança, confortante, agora essa foto está no meu porta-retratos. Viva o canhão!
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