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Artigos-->O movimento feminista e o conceito de família -- 19/11/2002 - 13:22 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O movimento feminista conseguiu que o papel destinado às mulheres nos tempos modernos se diversificasse tanto que já não podemos avaliar a inserção das mulheres na sociedade sob o ponto de vista dicotômico; quer dizer, hoje não se fala mais em função exclusivamente feminina ou masculina.



A luta das mulheres pelo reconhecimento do seu valor apresenta a tendência de se tornar uma afirmação radical na direção oposta daquilo contra o que ganhou força nas últimas décadas: dar a elas não apenas condições de igualdade, senão que também lhes sejam dados o comando, o poder, enfim, o lugar de liderança a que fazem jus, usurpado durante séculos de história dominada pela força e estupidez masculinas.



É esse o perigo de uma insatisfação há muito tempo reprimida. Para mudar uma determinada realidade, a tendência é ir para o outro extremo. Negar por completo a configuração histórica que definia os papéis de homens e mulheres na sociedade, tem sido a característica desse extremo. E não deveria ser essa a meta precípua das feministas que lutam pela igualdade objetiva entre homens e mulheres.



Na família, por exemplo, a figura do “cabeça do lar”, destinada ao marido, tem sido questionada em conceito e prática na imensa maioria dos lares. O “chefe de família” está cedendo lugar a um novo conceito de marido, segundo o qual não é o homem o detentor da liderança de um lar, sendo a mesma configurada por um governo equilibrado e democrático, dividido entre os cônjuges, cujas decisões devem sempre satisfazer ambas as partes, necessitando haver para tanto exaustivos debates e ponderações sobre as mais graves questões que envolvem o ambiente doméstico, até que um núcleo comum de interesses seja alcançado e, afastadas as divergências, deliberadamente se mantenha a harmonia na família.



Nesse novo conceito de governo familiar foi totalmente abolida a palavra “submissão”, sendo substituinda pela palavra “renúncia”, entendida como a negação mútua de interesses e idéias em prol da felicidade no casamento.



Quanto a isso é deveras importante avaliar a mudança de mentalidade quanto aos papeis destinados a homem e mulher no casamento como o mais avassalador instrumento na diluição do conceito de família.



Quando Deus criou homem e mulher, o fez destinando a ambos papéis e funções distintas, sem que tais distinções significassem diferenças qualitativas entre marido e mulher. Diferença, nesse caso, não tem relação com o conceito de valor e sim de função.



Em qualquer estrutura social há funções distintas, posições específicas, definidas cada qual segundo as peculiaridades inerentes, e as necessidades que lhes deram origem, harmonizando-se todas com o único fim de atender a tais necessidades. Não seria uma afronta à lógica admitir que o marido pode muito bem cuidar de um filho recém-nascido enquanto a esposa, ainda no período de resguardo, deva ir trabalhar para sustentar a família?



Portanto, se ainda cremos que a família é a “célula máter” da sociedade, toda e qualquer mudança ocorrida em sua estrutura, em termos dos limites das funções estabelecidas desde que o Criador deu origem à primeira família no Éden, terá profundo reflexo nas demais instituições sociais, causando nas próprias mulheres um mal imenso, que somente o tempo lhes revelará.



Se o desejo das feministas é afirmar que o papel das mulheres na sociedade é o comando, a liderança e a capacidade de resolução dos problemas, independentemente da posição dos homens, logo tal desejo será frustrado, porque, a despeito de todos os argumentos de suas líderes, o movimento até aqui não conseguiu respostas concretas em termos de mudanças radicais na disposição mental da maioria das mulheres sem causar, também, grandes sofrimentos, já que se recusam a admitir que os homens não são inimigos que usurparam o lugar que a elas era devido no decurso do tempo, antes, sendo companheiros e sócios na construção de uma sociedade em que juntos, observados os limites de cada um, busquem a felicidade da raça humana e a glória do seu Criador.

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