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Poesias-->Várias Poetrix -- 04/10/2008 - 19:50 (m.s.cardoso xavier) |
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POETRIX ou POEMAS RAPIDINHOS
m.s. cardoso xavier
O bom da vida
é o novo dia abrir a janela
e ver o sol nascer
para despertar
a esperança
no ser
As palavras são navegáveis –
as palavras são navegáveis
bem melhor ancorar na verdade.
Sol e água começa a verdejar
suor e lágrima
começa a embassar.
Como é bom
conhecer alguém altruista
que o ano novo
traga a realização
dos anseios
paz, saúde e amor
entre si...
Um amor simples
Verdadeiro é isso
que buscava lindamente
com pureza e alma...
Quando o amor é recíproco e espontâneo
basta-se a si mesmo
pouco se escreve sobre ele
se decanta é o amor difícil
ingrato maldito...
Ajuda-se a tantos faz-se o que pode
une-se pessoas coloca-se panos quentes
doa-se perdoa-se povoa-se
alegra-se no fim fica-se só
infeliz e triste...
Tanta inteligência
penetrabilidade
sem humanismo
sem pureza
tantos seres
mutilados psicologicamente
pelos traumas do desamor...
Aquela paixão sem fogo
aquele amor desamor
consumiu...
Levou sorriso tirou o sono
tornou-se incrédula sem rumo
e sem cor, um ser quase acéfalo...
Aqueles olhos ficaram tristes
o sorriso desapareceu
sumiu de tudo...
Entra-se em pânico
quando vê-se a impossibilidade
de amar ter que ficar na solidão
Dizem-se livres
mas não se sabe
que rumo tomar
o que fazer
com um amor dentro de si
sem espaço
para concretizá-lo...
Com a mesma
intensidade que se ama
se despreza
é uma forma do outro
se tocar
sentir a ingratidão
que fez...
Quando nada possas fazer
pelo próximo, sorria
dê-lhe apoio, um sorriso
é melhor do que palavras demagogas
Mesmo que te achem bobo(a) não importa
a bondade na maioria das vezes
supera o verniz da inteligência!
Se o amor é uma dádiva
e é tão belo
por que fica-se triste
pensando em amor?
é porque existe o amor alegre, feliz
e existe o caso de amor triste...
Nos idos da minha adolescência
deixei nesta praça de mim
alguma essência.
Com calor, emoção deslumbrante
grande coragem e infinito amor
ampla doação social
sendo o que queria
e não se sabe porque,
perseguiu a vida inteira
e não pôde Ser...
Quando não se entra
para o romance
de uma vida
entra-se para a estória
da uma existência!...
O bater das ondas
um grito de redenção
se não é amor deve ser paixão
Paraíso aberto dilata o ego
consigo percorreria
mar e céu
Tão lindo o sentimento
forte a força do pensamento
eclipsado nunca se concretiza
plenamente
Ternura, ingratidão
amizade desfeita a verdade é que
ama-se de qualquer jeito
Correr e gritar o grito abafa
a voz treme o coração cala
fica a reticência o medo
o sentimento transfigurado
-Elo lindo harmonioso
redime a terra
enleiamento magnético
sacrossanto
Tudo espraiado em belezas
infinitude sorriso de amor
uma ternura encoberta
Canto cantigas tão bonitas
tão amigas ninguém ouve
meu canto
Meu estado lânguido de criar
entre o sono e a vigília
levitando
solto meus monstrengos
do inconsciente
Na solidão das burocracias
Impregnei minhas fantasias
o bem pensei o mal afastei
Há pessoas que amam tanto
sofrem
em vão seu palpitar
na distância belos sonhos
no silêncio a idealizar
na presença negam
tem vergonha de amar
Muitos desejam ser o sol
o vento, um grão de areia
tocar no ser amado
quão difícil
atingir petrificado
mais fácil secar o oceano
Momento profundo
nem que fosse
para nunca mais saborear
viver da saudade
daquele momento
até a matéria se acabar
No ar uma ternura encoberta
num olhar, numa palavra
num gesto tudo é apaixonante e discreto
amar é o azul do céu
o revolto oceano
o paraíso aberto
No silêncio ausência estóica
soterro todas as agruras
e sonhos meus não vividos
perdidos num suspiro
noite dia
idos
Só eu podia avaliar
Silenciei transfigurei
ficando um saldo positivo
de ressurreição
e um negativo de ingratidão
O amor para muitos
é céu e é inferno.
Céu: porque faz criar
belas fantasias;
Inferno: porque os caminhos
Tortuosos
nem sempre se atinge
o paraíso ideal
brotou um sorriso nascido das cinzas
do desencanto e da dor
era uma vida sem emoção
de alegria aparente
por dentro morria
a cada dia envelhecia de solidão
-Não busco prazeres profanos
sou pássaro aprisionado
querendo voar alado
com morada mas sem ninho
anos-luz de estrelas
Mercearia
Bar poeira
não se deve acreditar
Num homem que vacila
No ultimo momento
nos anais da emoção
Fui buscar motivos
Para a locomoção
o tempo de bondade e beleza
Passou
Só a verdade ficou
amor e harmonia
Uma alma entrelaçada
Noutra alma
voltei estrada trepidante
Em busca da felicidade
Ou do nada?
dou extrema-unção
Aos seus “pomos gratos”
De “extrema-ação”.
nada mais belo
Do que um crepúsculo
Tropical
um cheiro de terra molhada
Um fruto maduro
Caído ao chão
pela fresta da janela
Contemplo a última luz
Do sol posto
porto azul
Céu cinzento
Pescadores ao vento
clínicas psiquiátricas
Estão repletas
Muitos preferem morrer
Do que nunca ser feliz
Poucos percebem
Que tristeza e infelicidade
Lentamente também matam.
infecundado pela nostalgia
Dos desencontros e desafetos
Mudo ou gritante
Transforma-se em doses
De amargura diária.
Chato oco pedante
É o milionário avarento
Sem amor só dinheiro juntando
Chata vazia pedante
É a moça desamada
Que não ama
Chato insuportável sem graça
É o ser humano
Nunca apaixonado
chata triste insulsa
É a moça pobre
Pelo rico violentada
Chata monótona amarga
É a mulher que não ama
E não é amada
Chato é uma casa gotejenta
Comer caldo com farinha
É morar num barraco
Destruído pela enchente
Chato ácido
É o trabalhador sem dinheiro
De fazer a feira
Chato é o homem de liberdade bloqueada
A mulher dando ordens
Virando homem
Chata é a mulher burguesa, arrogante
Exibindo valores frágeis
Achando que é dona do mundo
Chato imperdoável chocante
Ver milhões de crianças
De seres humanos injustiçados
chato é ver no Nordeste, na Etiópia
Em várias sarjetas do mundo
Seres, vítimas do descaso impune
Chato é ver seres humanos
Sem ter o que comer
Sem poder viver
Morrendo de fome
Ficava a espera
Talvez de um milagre
Um amor de verdade.
Na incerteza
Não quis arriscar
A razão falou mais alto
O coração gelou...
Sem querer ser
Parecia diferente
Aquele tardio romantismo
Fora de tempo
Persistia angustiada
Sem saber
Que rumo dar
Aquele sentimento
como foi possível
a surdez que nada ouvia...
como foi possível a cegueira
que não via...
Até quando vai
Essa tristeza permanente
Ou ocasional alegria
Inexistente...
Enfrentando dia a dia
Neste ermo
Da inexistência humana
Desumana...
Idealizando
O que não existe
Envenenou o espírito
A ansiedade envelheceu
O corpo
apostou num sentimento
em vão, terminou em lágrimas
não correspondidas
e nela, saídas
do coração...
Não conseguiu dizer
O que ia na alma
Em opacos dias
Tirando a calma...
adormeceu à ermo
tarde da madrugada
agulha resvalada
da mesma forma como andava
aquele coração...
coisas na hora errada
atabalhoada
pensar atrasada
alma rota uma cicatriz
ser desconexo contraditório
rir e chora sim e não
ironiza o amor estóica na dor...
cooptou o romantismo
fantasia e ternura
optou o realismo...
Foram-se
Fecharam-se
As janelas
Só restam as mazelas
para consolar o coração
ainda tentando romantizar
um sorriso um olhar de perdão...
quanta humilhação
e fracasso desolação
tudo em vão...
dolorida...por fora
e por dentro
uma só ferida...
idas e voltas
mas no fim sempre reinava
as coisas do coração...
viviam um resgate
de amor antigo
paixão inacabada
mal resolvida
esmaeceu encanto
tênue vontade de viver
indizível padecer
Reagia
Enfrentava
A fria realidade
Mas a fantasia
Pairava no ar...
Deu tanto
de si tantas violências
recebeu de volta...
noites de insonia a escrever
dias angustiados de solidão
até agora sem libertação.
Só olhar a vida
só acomodar não protestar
chorar e aos outros consolar.
fitei o teto fiz um oração
pedi a Deus que desse
a melhor solução
Se fica só padece solidão
se ama padece ingratidão
Será melhor mesmo correndo
Riscos amar?
ou ficar só
numa paz sem emoção?
Sonho com muitas coisa boas
Mas sei que talvez me vá
sem vê-las concretizadas.
onde está a tal felicidade?
Maior bem da terra
por que os homens
dela tanto correm?
não avaliara num silêncio profundo imperceptível querer ninguém compreendia aquele padecer
tremulava febre delirante
Avassalava entre paixão e timidez
quase surtou ficara cética
com amarga lição.
Amar ao longe
Para não desgastar
na miragem do ideal
que todos imaginamos
um dia alcançar.
Anular os sentimentos
Era a pedida
Persistia angustiada sem saber
Que rumo dar aquele sentimento.
naquele duro sentir
Ficou esperando
talvez um milagre
um ser de verdade...
mal estar estabelecia-se
Indefinidamente, insônia
mal de amor mal viver.
Maré baixa lua cheia de horror
quarto-minguante de dor
deixamos morrer nosso amor..
atração física: faca de dois gumes
cresce liga na dependência física
mas pode arrefecer o encanto
suportar emoções fortes...
Impactos que agride
Choca em estado de choque...
sorrindo aguado...um dia
desejará ver de novo
aquele sorriso...
fará alguma coisa
para isto acontecer?...
a vida só tem sentido
Amanhecer com esperança
sem simplesmente aturar o dia a dia...
esquecer que um dia
houve agruras
e Deus
tudo proverá...
crédula romântica
centelha perdida
só
transcendental
alento
passou a repelir
pela indefinição de sentimentos
simultaneamente acolhia
como a um ser querido...
Prazer Algo infinito
Paradisíaco Cósmico
Não carnal
Nunca destrua
Dentro de si o idealismo
A transcendentalidade
O amor desinteressado...
Insegurança ante a duvida
Clima de amor mesma proporção
De corpo e alma?
A verdade o perdão
Prevalecerá
Custe o que custar
reticente abrigo
espaço físico não é nada
quando falta espaço na alma
comportamento extremo
válvula de escape
tudo se empenhou
alucinou por momentos
grande ternura no silêncio
na distância crucial tortura
agonizou eternizou com candura
de um sublime amor...
sofreu quase em vão seu palpitar
na distância, belos sonhos no silêncio a idealizar
na presença negava tinha receio
de se expressar...
A alegria vem do coração,
brilha como um sol
de verão...
quando encontro
Uma solução
Aí vem outro problemão
tristeza
esvoaça
Na fumaça
alegria
vespera
Da tristeza
imaginei-te
Imaginei-me levando-nos
Entre as nuvens
Os deuses nos acenando
Poemas de despedida e
De saudade.
Apagar um pouco a fogueira das vaidades.
Ser mais liberto,
portanto mais feliz.
O pássaro
canto gratuito e sonoro
devoram-no
sem piedade+
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