Usina de Letras
Usina de Letras
120 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50586)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Jogos da Mente -- 24/09/2008 - 11:13 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Jogos da Mente

A Raul Seixas, Paulo Coelho, Ram Bojam e Inri Cristo

“We`re playing those mind games together”, John Lennon.

“A despeito de nossa mente, de nosso intelecto, de nosso poder de raciocínio e de nossa inteligência, continuamos a ser enigmas a nós outros” James N. Powell

“A meta da individuação não é outra senão a de despojar o si-mesmo dos invólucros falsos da persona, assim como do poder sugestivo das imagens primordiais”. C.G. Jung



No princípio era o Verbo...A palavra é tudo

Tudo o que somos está nas palavras...

Meu sonhos, meus desejos, tudo pelo que me iludo...

Minha obra, meus poemas, toda minha lavra!



Na linguagem começa e termina minha existência!

Não sou nada sem ela, sequer existo fora dela!

De teu amor, apenas por ela tomo ciência,

De certo modo, a linguagem é uma cela!



Como vemos o mundo, o que é a realidade...

O que entendo e sinto por Deus

O que está entre mim e os outros, na verdade,

Reduz-se e amplia-se ao som de signos-proteus!



A transcendência buscada por tantos avatares...

Exilados nos templos, nas árvores, nas montanhas,

Buscando entender os segredos dos lares, dos bares,

Do que chamamos vida....pretensiosa descabida façanha!



Vi uma vez um menino no longínquo Nepal,

Era Ram Bojam...Mas esse retiro de sofrimento, de recusa...

De se fechar a tudo para se encontrar afinal,

De não ver a vida à volta, se torna busca obtusa!



Uma vez um velho e bom homem pediu ao monge

Que o ensinasse a conseguir a iluminação,

Meditou vinte anos numa caverna bem longe

Não a conseguiu...Só a teve quando o desejo se deixou em vão!



Se quere é poder...se a voz do povo é a voz de Deus...

Quero e não posso, ouço as pessoas e não entendo

O que se passa entre meu espírito e os poderes que não são meus!

Já cantei o som da sílaba OM....Já o poderoso DA estive soando!



Mas o que me resultou em tal intento de magia,

Foi que a paz de espírito não é o que busco,

Não sou avatar da paz, não sei ao que a vida me ia,

Quando a mudei pelo rumo mais rude e mais brusco!



Quando a pétala de flor cai sobre a água do calmo lago,

Quando a luz se reflete nas tênues ondas do rio,

Em mim um Oceano de Netuno se me perde o que divago,

Tsunâmes revoltos abarcam muralhas e diques e me desvio!



No topo de minha cabeça, por onde passa o raio

Que chega ao meu terceiro olho, a lustrosa pineal,

Não sei por onde vou, que não estou em mim, eu me saio

E fico a procurar por mim no meio dum canal!



Sei hoje, porém, que a palavra é tudo! Que é o Verbo!

Adão, o primeiro homem que falou, falou só...

Não havia Eva ainda, Deus ocupado num afazer acerbo...

Adam Kadmon ouviu sua própria voz vinda do pó!



O Sol, as estrelas, o relâmpago, a árvore, as aves...

Os navios, os aviões, os carros, os sapatos...

Meus poemas, suas músicas, nossas palavras suaves,

Tudo é apenas e só da linguagem um ínfimo ato!



Quando penso que me penso, e se penso o que penso

É na verdade o verbo que pensa que existo em mim

Sou uma possibilidade de rima, de verso suspenso,

Sou individualidade falsa, sou o começo em forma de fim!





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui