*Meu mundo*
Meu mundo não caiu na ribanceira
A água não estagnou está corrente
As flores continuam transparentes
Saciadas da sede sobre a cachoeira
A pracinha está lá c/o mesmo ritmo
As drogas desfilando impunemente
No olhar a lágrima oculta tristemente
Fui mestra, pus lição, saiu do arritmo.
No meu mundo a família está montada
Nas bases de amor, do acolhimento
Nos sonhos que embala o pensamento
Nos frutos, nos castelos, a caminhada
A humanidade hospeda o coração
Na sensibilidade fraterna, compaixão
No abraço, no beijo em combustão
No respeito, dualidade, comunhão
A paz é oração templo em sacrário
Sem utopia na face desenhada
Como num time a trave projetada
Com o mesmo objetivo o cenário:
As crianças, o idoso, a caridade
A mão que acaricia tem assento
Na gratidão estendida e apascento
O bem, a união da mão afinidade
No meu mundo a união é divinal
No amor os laços unidos em nós
Não desfazem unos numa só voz
Fazem da vida o encanto, o ritual.
Sogueira |