POR SOBRE A CAUDA ANÍMICA
Paulo Nunes Batista
Trago o peso de todos os pecados
Por sobre a cauda anímica do ego,
Enegrecendo as cruzes que carrego,
Vindas da dor dos erros do passado.
Cicatrizes do tempo em que fui cego
Entre os cegos das sendas desviados.
Profano, expulso dentre iniciados,
Que à Luz prefere a escuridão dos pegos.
O trânsfuga, o Rebelde, o Foragido,
O que volta, humilhado e arrependido,
E condenado a ser o que não sou...
Talvez eu me liberte qualquer Dia
Pelas asas divinas da poesia
Até lá, sei que Deus me perdoou.
Anápolis, 11-7- 2008
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