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Contos-->SÓ O AMOR CONSTRÓI! -- 20/10/2007 - 19:34 (Rosimeire Leal da Motta) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OBS.: Este Conto faz parte do livro:
"Eu Poético" – Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Agosto/2007 - Poesia e Prosa.

Este livro "Eu Poético",pode ser encontrado na:
- *"Biblioteca Pública Municipal de Vila Velha - ES".Tel.: (27) 3388-4208
- *"Biblioteca Transcol do Terminal do Ibes - Vila Velha - ES".
- *"Biblioteca Transcol do Terminal de Jardim América - Cariacica - ES".
- *"Biblioteca da Chocolates Garoto (Espaço Cult)
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Leonidio Tavares Gusmão, paraibano (João Pessoa - 21/03/1916), e, Laura de Barros e Silva Gusmão, pernambucana, (Recife - 08/10/1916). Quis o destino que um dia estes dois personagens se encontrassem:

Fevereiro de 1940. Recife, capital do Estado de Pernambuco. Por estar próximo à linha do Equador, Recife apresenta clima ensolarado e temperaturas médias elevadas a maior parte do ano.

Laura havia feito uma promessa (para o quê não sabemos) e em troca ela não brincaria o carnaval. Os amigos diziam que ela ia perder uma festa animadíssima, então resolveu ir só para olhar, sem intenção de brincar. Ao som de frevo e marchinhas e cobertas de serpentinas, as pessoas fantasiadas marcavam presença no mundo da fantasia.

Era terça-feira, ela foi até um prédio na Rua Nova, no Centro, onde podia assistir o festejo pela janela, de repente, aconteceu um imprevisto: o palanque caiu e todos correram provocando grande confusão. Imediatamente ela desceu para olhar de perto. Nessa multidão passou um rapaz desconhecido (Leonidio) e jogou “lança perfume” nela (é uma combinação de éter, clorofórmio, cloreto de étila e uma essência perfumada; em contato com o ar ambiente, é rapidamente evaporado; era comum na época do Carnaval e eram embalados em frascos de metal dourados. Costumava-se esguichar o produto nos outros foliões, transmitindo uma sensação “fria” e agradável. Também servia como galanteio às damas; tinha por objetivo perfumar e agradar o sexo oposto).

Laura entusiasmou-se e pediu emprestado ao seu sobrinho Arnaldo, de oito anos de idade, o “lança perfume” dele, para retribuir a brincadeira. Iniciou-se assim, uma história de amor muito especial!

Conforme combinaram, passados dois dias, Leonidio compareceu à casa de Laura. Ela havia ficado muito surpreendida, pois achava que havia sido apenas um simples divertimento. Começaram a namorar naquele mesmo dia. Ele a visitava assiduamente. Casaram-se no dia 27/12/1941.

Leonidio trabalhava como Caixeiro Viajante (atualmente equivale a Representante Comercial) e não tinha condições financeiras para sustentar a família, sendo assim, ficou morando na residência do sogro, sr. Moreira de Barros e Silva, por quatro anos. Os três primeiros filhos nasceram nesta casa: Tereza de Jesus (1943), Onildo José (1944) e Severina Maria (1946).

Em 1946, devido ao nascimento da terceira filha, o casal resolveu alugar uma casa e Leonidio deixou o serviço para montar uma loja: “Casa Estrela”, um armarinho (vendia também tecido). Estava localizada na Av. Norte. Laura era o braço direito do esposo, ajudando em tudo no comércio e ainda cuidava das crianças. Eles contavam com o auxílio de uma governanta, Madalena (conhecida como Teté), que por ser tão querida, integrou-se naturalmente a família.

Nasceram quatro filhos: Nanci (1947), Lucia (1949), José Moreira (1951) e Sergio (1952), somando-se sete filhos.

Os negócios estavam no auge da prosperidade quando surgiram aborrecimentos: durante seis anos consecutivos, a loja foi assaltada uma vez por ano. Leonidio desgostou-se com a situação. Aumentou o seguro do seu estabelecimento prevendo que poderia se passar o pior. E foi o que ocorreu em 1954: devido ao reforço de segurança, os bandidos não conseguiram arrombar e roubar, então, jogaram fogo pelo telhado, incendiando totalmente o interior do imóvel.

Leonidio residia, na Rua quinze de agosto, no bairro Casa Forte (moradia própria), situada a 12 km do seu ponto comercial, quando de madrugada, conhecidos vieram informar do incidente. Ele na mesma hora, chorando, foi até o local, levando consigo sua esposa, sua filha Tereza e seu pai Thomaz. O carro do corpo de bombeiros estava lá, contudo, foi-se a sua esperança de ter restado alguma coisa: ruínas, cinzas e fumaça entristeceram o seu coração!

Nesse meio tempo, entre o ocorrido e reerguer sua vida, ele passou a transportar mercadorias para os antigos patrões. O casal sempre muito dedicado aos filhos, não queria que nada lhes faltassem, por isso se viravam da melhor maneira possível.

Em 1955, uns primos de Laura (Cícero e Glorinha) emprestaram uma quantia suficiente para abrir outra loja no bairro Beberibe (essa nova loja vendia tecido, linha, botão, coisas de armarinho, pratos, panelas, utensílios de cozinha; era bem diversificada). Após oito meses, receberam o dinheiro do seguro e puderam liquidar a dívida. Neste ano nasceu o oitavo filho, Severino Carlos.

Leonidio desejava mudar de cidade e ir morar no Sul do país, pois receava que os criminosos ao saírem da prisão planejassem uma vingança. Por outro lado, não queriam deixar os pais em Recife para se mudar, pois eles já eram de idade avançada. Após os falecimentos dos três (os pais de Leonídio e o pai de Laura), resolveram ir para Antonina, um município localizado no Estado do Paraná (aproximadamente a 84 km de Curitiba), onde morava Letícia, irmã de Laura. No dia 13/08/1958, eles embarcaram num avião com toda a família e duas empregadas. A princípio, sentiram dificuldades de adaptação principalmente por causa do clima (o inverno é demasiado frio).

Foi assim, com essa mudança radical de moradia, que Leonidio iniciou uma nova jornada, sendo distribuidor de bebidas Antártica. Nesta cidade, por ser pequena, ele ficava mais tranqüilo para trabalhar e então continuar a criação e educação dos filhos.

Em 1961, nasceu a filha caçula, Maria das Graças.

Em 1962, Roberto, sobrinho de Laura e Letícia, foi visitá-las e levou consigo o amigo de infância, Joaquim Simplício Neto, engenheiro eletricista recém formado que trabalhava na GE (General Electric) em São Paulo, coincidentemente também de origem pernambucana.

Joaquim, ao chegar na casa dos tios de Roberto, olhou admirado para a jovem Tereza, que tinha dezenove anos. Na época ficou apenas nos olhares, e tornaram-se namorados somente alguns anos mais tarde, quando ela tinha vinte e dois anos e ele trinta e um. Como eles moravam distantes um do outro, o namoro foi à base de cartas. Todos imaginavam que se tratava de uma simples amizade ou um namoro sem futuro de casamento, mas o casal não pensava assim. Cada vez mais, eles estavam apaixonados.

Sempre que podia, viajava para vê-la nos finais de semana. Como morava em São Paulo, que era relativamente próximo a Antonina, saía na sexta-feira e voltava no domingo.

Antes de firmarem o casamento no ano de 1967, Joaquim mudou-se para o Estado do Espírito Santo, pois iria trabalhar na obra da Cia Siderúrgica Tubarão. Desta forma, os encontros foram ficando mais complicados de acontecer, o que o levou a escrever uma carta a Leonidio pedindo a filha em casamento. Depois que o pai consultou Tereza e ela aceitou, marcaram o casamento para 26/07/1967. Amigos e conhecidos não acreditavam quando Tereza dizia que tinha namorado: afinal, eles só conversaram frente a frente dezesseis vezes. No ano de 1967 ele a visitou em janeiro e depois só a viu no dia do casamento: não era fácil sair do Espírito Santo para o Paraná! Um fato cômico ocorrido no dia do casamento é que como ninguém conhecia o noivo, a igreja ficou lotada: os convidados estavam curiosos para ver com quem Tereza estava se casando!

O casamento foi celebrado na Igreja de Nossa Senhora do Pilar e depois comemoraram com uma grande festa. Após o casório mudaram-se para Vitória.

Laura e Leonidio não suportando a saudade da filha foram visitá-la e gostaram do lugar (um litoral encantador!) e em conversa com seu genro Joaquim, germinou a idéia de montarem uma fábrica de sacolas plásticas. Para que esse projeto se tornasse realidade, eles fizeram um financiamento no BANDES (Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo S/A). Este ideal saiu do papel e aos poucos foi ganhando vida. O genro, Joaquim, foi seu principal auxiliador, tornando-se seu sócio.

Em 1969, os filhos foram estudar em Vitória, a principio moraram no bairro Praia do Suá. Para Tereza foi uma alegria muito grande quando Onildo, Moreira, Sergio e Severino Carlos foram estudar e morar próximos à casa dela, sob sua responsabilidade. As irmãs vieram uma de cada vez e ajudavam Tereza com as tarefas e cuidados com os irmãos. Enquanto a fábrica ficava pronta e tomava forma, Leonidio e Laura permaneceram no Paraná.

Quando a obra foi concluída, Leonidio e Laura vieram definitivamente para Vitória e naquele dia, pairava no ar uma fragrância de alegria, de inovação. Horizontes multicoloridos desfilavam diante deles: a satisfação do objetivo alcançado!

A “PLASTICAL – PLÁSTICO CAPIXABA LTDA” foi inaugurada no dia 05/09/1971 e contou com a presença de Sua Excelência, o Prefeito, Sr. Max Mauro e jornalistas. Localiza-se no município de Vila Velha, no bairro Aribiri.

Esta fábrica foi pioneira no Estado do Espírito Santo em embalagens plásticas, cuja principal utilidade é a conservação dos produtos. Eles viram a possibilidade de atuar com destaque no mercado industrial capixaba por serem únicos na região.

Os alicerces deste empreendimento despontaram com um galpão pequeno e com poucos funcionários. Gradativamente, a produção foi crescendo e em 1986, sentiu-se a necessidade de construir um novo galpão, concluído em 1987.

Os filhos bem jovens, (alguns adolescentes) deram os primeiros passos numa carreira e na vida profissional, dentro da Plastical.

Principais setores da empresa: Administração, Extrusora, Impressora, Corte/Solda, Moinho, Oficinas elétrica e mecânica, almoxarifado, Sala de clichês, Loja do varejo, Setor de estoque, Cozinha/Refeitório.

O processo produtivo é realizado da seguinte maneira: a Matéria-prima utilizada é o Polipropileno e o Polietileno (derivados do petróleo) que são em formato de grânulos brancos. Estes grãos são colocados nas máquinas do setor da EXTRUSORA a uma temperatura de aproximadamente 200° C, e devido ao aquecimento, passam para o estado pastoso e vão sendo laminados. Essa massa é pressionada em uma matriz com abertura milimetral e soprada em forma de balão para fora da máquina. Este balão é fechado, transformando-se num filme técnico (plástico transparente) e enrolado num canudo de papelão, dando como produto final a bobina plástica. A seguir, se as bobinas devem ser gravadas (com a razão social, logotipo, etc.), seguem para o setor da IMPRESSORA (imprime em até quatro cores pelos dois lados, com o sistema flexografia1). Ao terminar a impressão, são rebobinadas e levadas para o setor CORTE/SOLDA. As bobinas, impressas ou lisas, abastecem as máquinas de corte e solda, que possui uma faca e barramento no centro, com as funções de cortar e soldar, de acordo com a espessura, tamanho escolhido e o seu tipo de alça (se houver). As sacolas são amontoadas de quinhentos em quinhentos ou de mil em mil, (através do contador da máquina) e amarradas com fitilho pelas operadoras e encaminhadas para o setor do PACOTE, onde são embaladas e pesadas. São enviadas informações para o setor de FATURAMENTO (peso e volume), para tirar a Nota Fiscal e são carregados para o caminhão da empresa, para serem transportados até o cliente, se o endereço for localizado na “Grande Vitória” (municípios de Vila Velha, Vitória, Cariacica, Serra e Viana), ou entregues através de uma Transportadora. Às vezes, o comprador vem recolher a mercadoria.

As aparas das bobinas plásticas do setor Corte/Solda (sucata), são reaproveitadas para serem transformadas em sacos de lixo, sacos para carvão e bolsas (na cor preta), etc. Também são chamados de material recuperado.

As embalagens produzidas em polietileno são finas; as de polipropileno parecem papel celofane, são resistentes e mais apropriadas para acondicionar produtos comestíveis. As sacolas podem ser feitas em espessuras finas ou grossas (para areia, argamassa, barro), varia de acordo com o produto que será embalado.

A Plastical produz sob encomenda: Sacos plásticos de Polipropileno e Polietileno de baixa e alta densidade (lisos e gravados), filmes técnicos para açougues, bobinas picotadas para verduras, folhinhas plásticas (calendários), envelopes-fronha com fita dupla face, bolsas com alças (para supermercados, lojas, boutiques, campanhas publicitárias e políticas), sacos para lixo, filme termo encolhível para enfardamento de refrigerantes...

Na Loja do varejo é possível comprar diversos tipos de sacos e sacolas plásticas que fazem parte do seu estoque, como por exemplo, para: chup-chup, condimentos, mudas de café, cachorro quente, frango, cascão, carvão, encapado (fardão), diversos sacos para produtos de padaria em geral, bolsas tipo camiseta (pequena, média, grande, extra grande, nas cores: branca e preta), 1Kg, 2Kg, 5 Kg cereais, 1Kg, 2 Kg, 5 Kg farinha, leite bovino e caprino, etc.

Seus clientes estão presentes em diversas áreas, tais como: confecção, frigoríficos, laticínios, têxtil, abatedouro de aves, alimentícios (supermercados, padaria e confeitaria...), material de construção, fábrica de rações, empacotadores de cereais, laboratórios, hotéis, farmácias, hospitais, ônibus (sacos para náuseas), Campanha Praia Limpa, etc.

Testemunho do vendedor Rômulo Schimitel Castro: “No ano de 1970, recém chegado de Colatina, interior, município do Estado do Espírito Santo, vim para Vila Velha com a família e quatro filhos menores. Nesse ano passei por muitas dificuldades, mas tinha sempre a esperança de que as coisas melhorariam no decorrer dos anos. Em agosto de 1971, passando pela Rodovia Carlos Lindemberg, avistei uma placa indicando: ``Brevemente fábrica de plásticos`. Então senti o interesse de procurar os sócios-administradores, oferecendo-me para representá-los no norte do Estado do Espírito Santo, onde tenho muita influência e alguns clientes da “Grande Vitória”. Após três meses, obtive uma resposta satisfatória. Com muita garra aceitei a proposta que me fizeram. Iniciei minhas atividades no dia 12/08/1971, (um mês antes da inauguração). No principio, foi difícil colocar o produto no mercado: os comerciantes estavam acostumados a pesar a mercadoria na hora e colocar em sacos de papel. Eu, com muita calma, explicava para eles que com as sacolas plásticas, poderiam empacotar antes do movimento de final de semana e o ambiente ficava muito mais limpo. Assim, fui aumentando as minhas vendas e também a clientela, levando a Plastical a contratar mais vendedores. Comecei viajando de ônibus, caminhão e na “Grande Vitória” eu me locomovia de bicicleta (o trânsito na época era bem mais calmo do que agora). Em 1973 comprei meu primeiro carro (um fusquinha). Enquanto a empresa crescia nos negócios, tive grande participação na colaboração, amizade e consideração com os proprietários e os funcionários que por aqui passaram. Nesse ano de 2007, faço trinta e seis anos de tempo de serviço e agradeço a Deus por trabalhar todos estes anos na mesma firma, com amor e compromisso.”

No inicio, além de Leonidio e seu genro Joaquim, havia também dois sócios que permaneceram pouco tempo na empresa.

Atualmente, existem várias indústrias como esta no Estado do Espírito Santo, mas há lugar para todas. A competitividade aumenta a qualidade do produto e gera mais empregos.

Porém, o tempo parou, estendendo um tapete rumo à glória de Deus: Laura ficou doente, teve câncer no intestino e conviveu com a doença por quase dois anos. Deixou-nos em 30/07/1994.

Leonidio teve uma pancreatite entre outras complicações e após dois dias internado no hospital, não resistiu e partiu em busca da sua amada em 06/10/1999.

Os filhos assumiram a administração da empresa, levando adiante um sonho que brotou a partir de uma troca de olhares.

O slogan deles era “Só o amor constrói!”. Sim, sem esta virtude e a união, eles não teriam chegado até aqui e encerrado com chave de ouro suas existências.

O tempo passa, mas nada é capaz de apagar de nossas mentes as lembranças que ficam enraizadas em nossos corações!

Laura era alta, tinha os cabelos castanhos, mas ficaram brancos logo cedo (quarenta anos mais ou menos) e ela assumiu os cabelos brancos e sempre mantinha o tom acinzentado (tintura). Os olhos eram castanhos claros, a pele, branquinha. Era alegre, extrovertida, carinhosa, gostava de festas, passear e viajar. Quando a família estava reunida era motivo para festejar e comemorar com almoço ou jantar. Mesmo estando doente, mais ou menos aos setenta e cinco anos (faleceu aos setenta e sete anos), nunca perdeu a esperança de ficar boa e continuava vaidosa: queria que Leonidio a visse arrumada, cheirosa, com brincos, pulseira, unhas pintadas e cabelo arrumado! Ela gostava de contar piadas, era muito divertida. Ensinava aos netos as coisas da vida de uma maneira engraçada. Esse seu jeito de ser, muito espontânea e amável, cativava a todos.

Leonidio também era alto, tinha os cabelos aloirados e os olhos azuis (há quem diga que eram esverdeados). Era calado, muito inteligente, esforçado e trabalhador. Ao contrario de Laura, não era chegado a festas: preferia ficar quietinho no canto dele. Quando queria chamar a atenção dos filhos por algum motivo, bastava um olhar que imediatamente compreendiam o sermão mudo. O respeito por ele era muito grande e para ele a obediência era fundamental. Aparentava ser uma pessoa “durona”, mas tinha seu lado emotivo, como por exemplo, chorava de emoção com o nascimento dos filhos, casamento... Na velhice gostava muito de jogar Paciência (baralho): ensinou aos filhos e netos esse jogo que tanto lhe agradava. Eles combinavam pelo gosto de viagens (fizeram algumas excursões juntos pelo Brasil: Pantanal, Manaus, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina....).

Só o amor idealiza pontes em nosso íntimo nos conduzindo através do passado e fazendo com que vertamos lágrimas de saudades por aqueles que foram uma lição de vida para nós...

1 Flexografia é um método de impressão gráfico em que a matriz, clichê de borracha (Cyrel), é relevográfica (mais ou menos parecido com o carimbo). Usa-se tintas líquidas altamente secativas, à base de água, solvente.

Clichês são placas de borrachas, gravadas fotomecanicamente em alto relevo, destinados à impressão de imagens e textos. Eles serão fixados no cilindro porta-clichê (rolos pescadores e anilox) na impressora flexográfica onde, através de técnicas apropriadas de entintagem, será realizada a aplicação da tinta na superfície da imagem em alto relevo.
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OBSERVAÇÃO: A autora trabalha na Plastical, no setor da Administração, desde 1989.


AGRADECIMENTOS...
... a todos os filhos do Sr. Leonidio, que me ajudaram a escrever esta história.
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FONTES CONSULTADAS NA INTERNET:
_ LANÇA-PERFUME
Acesso em: 15 jun. 2007. Disponível em:



_ FLEXOGRAFIA
Wikipédia, a enciclopédia livre
Acesso em: 12 jul. 2007. Disponível em:
< http://pt.wikipedia.org/wiki/Flexografia>

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© Rosimeire Leal da Motta.


OBS.: Este Conto faz parte do livro:
"Eu Poético" – Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Agosto/2007 - Poesia e Prosa.

Página Pessoal: http://www.rosimeiremotta.com.br/
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