O vento uiva em minha janela,
fazendo viva a saudade
que morou, tanto tempo, em meu peito
como feroz sentinela...
Estava há tanto adormecida,
que já fazia parte do meu leito
como se jamais fora verdade
uma saudade como aquela...
O vento traz a lembrança
e, agora não tem mais jeito,
quando a saudade invade
e faz sangrar, com maldade,
o resto de esperança
Espero a calmaria...
lá fora e, em meu peito,
para que leve consigo a tempestade,
deixe em seu lugar a vida vazia
minha companheira de verdade...
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