Depois de ter relatado a história da garotinha Madeinusa (confira em contos : "Cada uma!"), alguém me contou uma outra muito boa. Na escola em que trabalha, ao fazer a chamada, essa pessoa teria se deparado com um nome no mínimo estranho. O menino se chamava LETISGO. Pelo menos, era o que se lia.
Na hora da chamada, tratou de disfarçar a hesitação, pronunciando alto e bom som o que julgou ser a pronúncia correta, como palavra paroxítona, com acento, portanto, no "i".
O garoto ficou indignado. Gritou que o nome dele era em inglês. O acento era no "ou". LETISGÔU ele se chamava.
Pois o caso me levou de volta ao colégio do estado em que eu estudava, onde uma inspetora de alunos atendia por um nome que mais parecia nome de remédio: Dona Pervite. Um nome, um mistério. Que só se desfez no dia em que alguém se atreveu a tirar aquilo a limpo.
A mãe da inspetora tinha sido fã de carteirinha de uma atriz americana, de muito antes, chamada Pearl White.
Tantos nomes, quantas histórias!
Chorando de tanto dar risada, minha mãe repetiria: "Cada uma!"
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