mtv, a Televisão visível
Desde que, por motivo tecnicamente económico, tive
de abrir mão da minha TV a cabo, tinha perdido todo
o interesse e alegria nessa mídia popular,
que anda há duas décadas numa crise de gosto
e valores intermináveis.
Percebi que os canais abertos, aqui e na Argentina,
creio que o mal é do continente, tem abusado de subestimar
a inteligência, a sensibilidade e o gosto do expectador.
Novelas inverossímeis. Filmes violentos e sem nexo.
Noticiários estereotipados (perguntas previsíveis
para respostas previsíveis). Nada, enfim, que seja
sutil, sofisticado ou reflexivo, a não ser em abençoadas
excessões.
Assim que a televisão tem deixado, para mim, de ser
algo considerável. Fico fazendo força para que as Tvs
a cabo democratizem, o que seria louvável e
inteligente, os preços para o consumidor das classes
C e D. Isso livraria muita gente de apresentadores
de gosto e originalidade duvidosa. A televisão aberta
aposta, e erra, na violência injustificada, na futilidade
e, em alguns casos, numa quase demência. Um burro, acredito,
dormiria vendo certos programas.
Quem é mais gay, mais sarado, mais perverso ou mais
degenerado, não interessa, acredito, a quem tenha
apenas dois neurónios, o Tico e o Teco, que seja.
No entanto, quase que por acaso, descobri o canal
da MTV, numa fuga desesperada da mesmice. Tenho me
surpreendido positivamente, quase como um milagre...
Vinhetas joviais, apresentadoras engraçadas com cara
de gente como a gente, expressando-se de fato.
As hilarias Didi e Marina, loura e morena comuns
faendo graças sem silicones. Clipes musicais daqui
e do exterior. Dá para relaxar a mente, sorrir um
tanto sem a sensação horrível de se estar perdendo tempo.
Sempre gostei, quando era possível e feita para gente
razoável, de assistir TV. O estranho é que se pode
fazer muita coisa inteligente na televisão. Basta
amor próprio, ao próximo e a vida. Posso ajudar
os produtores nisso, se o rpoblema é falta de idéias.
A MTV tem provado que outra televisão é possível.
E que Deus e a população merece coisa melhor do
que as redes tradicionais tem feito.
01.02.2005
MEU AMIGO NILTON BONDER RABINO, MAIOR ESCRITOR DO BRASIL
Meu conceito de literatura seria o de que é a arte
de interagir e interpreter uma intuição do absoluto".
Escritores, filósofos e poetas seriam mediadores do
verbo divino.
Sendo assim, considero o Judeu Brasileiro Nilton Bonder
o escritor mais importante do país e um dos mais
sofisticados que já li no que concerne tanto a mjetafísica
quanto a sabedoria mais imediata.
Herdeiro da tradição judaica na sua tradiçao simbólica
e na sua oralidade sua literatura se processa na forma
de parábolas e ensaios sobre questões relativas a moral,
a alma, ao tempo e a eternidade.
Meu conceito de literatura seria de que é a arte
de interagir e interpretar a intuição do absoluto
via palavras. Escritores, poetas, filósofos e
profetas seriam mediadores do verbo divino.
Crendo assim, considero o Judeu brasileiro
Nilton Bonder um dos mais profundos escritores
contemporàneos e um dos mais sofisticados que
já li no que concerne a metafísica aplicada na
vida diária.
Herdeiro da Tradiçao judaica na sua práica
simbólica e na sua oralidade, sua literatura
ocorre na forma de parábolas e ensaios,
preferencialmente, versando sobre a moral, a alma,
o tempo e a eternidade.
É um pensador profundíssimo, provocador do
senso comum e estranhamente revolucionário.
No livro "Fronteiras da Inteligência",
por exemplo, ele afirma que
"a espiritualidade não existe".
Ela seria um equíbrio entre alma, mente e corpo.
Nada mais sensato, mais óbvio e, no entanto,
surpreendente sendo dito por um rabino.
É comum tambémo autor trazer ensinamentos
complexos para o tempo cotidiano.
Lembro-me de uma história
( e lembro muitos ensinamentos de seus textos)
que ele conta no livro
"Cabala da Inveja" em que um Judeu
feirante contava que quando a feira ia mau,
dizia aos vizinhos que ia bem;
e quando a feira ia bem, dizia aos vizinhos que
ia mau. Indagado do por quê -
o Judeu responde. "assim todos ficam felizes".
A literatura do rabino veio trazer-me novos
portais; nova joalheria onde minha alma a cada
novo livro se deleita em desobertas e assombro.
Ser original em literatura é ser genial. Então,
aqui está meu amigo Bonder, maior que todos nós.
22.02.2005
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