O presidente eleito Lula, alheio a tudo o que seus opositores continuam afirmando sobre a suposta farsa partidária do PT para chegar ao poder, tem dados sinais inequívocos de que governará com os olhos para o futuro. E quando digo isso, não quero negar que o PT ainda tenha em seu estatuto diretrizes do socialismo. A grande questão é a inadequação de algumas dessas diretrizes à realidade de nossa sociedade, tão cheia de mecanismos excludentes mas que acena para uma distensão que aparentemente aceita a inclusão na pauta de discussões de alguns itens até então tidos como inaceitáveis, como nos faz crer o fato de grandes empresários admitirem ser necessária uma melhor distribuição de renda no país.
O próprio Lula já disse em ocasião passada que ele não nega que sua geração, ele incluso, sempre admirou a revolução cubana na medida em que representava a possibilidade da construção de um sociedade justa socialmente e próspera economicamente; mas isso não significa, ressalta Lula, que ele aprove os métodos do governo cubano em nossos dias. Quem afirma o contrário, ou seja, que ele que transformar o Brasil em uma grande Cuba, está mentindo e enganando os que desconhecem as verdadeiras intenções de Lula, alimentando suas críticas apenas com os velhos preconceitos de que tem sido vítima histórica o torneiro mecânico hoje presidente eleito desse nosso querido Brasil.