Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50668)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->FLAMBOYANTS -- 29/10/2007 - 18:02 (Cristina Ancona Lopez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando estive lá pela última vez, os flamboyants estavam floridos.

Lembro-me de quando foram plantados, um a um. Mas não fomos nós que fizemos os buracos. Havia quem os fizesse.

Fazia sempre muito calor, e era como se uma névoa quente cobrisse tudo. Uma névoa formada de sol. O ar que tremia enquanto o calor passava.

Eu gostava de andar pela estrada, sozinha. Imaginando a vida lá longe, escutando o silencio e criando cenas na minha cabeça.

Minha cabeça cria cenas.

De todos os tipos.

Chego a acreditar tanto nas cenas que cria que algumas vezes me emociono, choro ou me alegro com as cenas criadas.

Minha cabeça cria imagens tanto em preto e branco como em cores.

Filmes.

Algumas vezes sem som.

Os atores são vários, a depender da cena mas há uma coisa em comum: estou sempre lá.

Assisto sempre às cenas em que atuo.

Persigo-me, perfeccionista, detalhista, implicante, implacável; repassando ato após ato.

Sou meu próprio algoz, meu próprio ditador, meu próprio olhar ferino.

Nada mais perfeito do que sê-lo em uma estrada solitária, num local quente e distante.

Foram muitas as cenas.

A ultima a que assisti, naquela estrada, é inesquecível.

Foi a cena em que finalmente compreendi que a minha presença ali, tendo ao fundo o cenário dos flamboyants floridos, não fazia nenhum sentido.





Tita

31 de agosto de 2006.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui